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25/11/2002
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16h15
O professor Ian Wilmut, criador da ovelha clonada Dolly, pediu à Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA, na sigla em inglês), do Reino Unido, autorização para clonar embriões humanos com fins terapêuticos.
O cientista, que trabalha no Instituto Roslin de Edimburgo (Escócia), quer realizar experiências com embriões humanos com o objetivo de pesquisar tratamentos para doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
Wilmut necessita da autorização para aplicar uma técnica chamada partenogênese, que implica a fertilização de um óvulo humano sem o esperma. No entanto, o instituto não poderá implantar em um útero um embrião gerado pela técnica, o que poderia resultar no nascimento de uma criatura clonada --proibido pela Lei de Embriologia Humana do Reino Unido, de 1990.
Segundo o professor, o objetivo do seu laboratório é cultivar esses embriões partenogênicos em laboratório para que se possa extrair células-tronco. O valor dessas células, que se desenvolvem nos primeiros dias de vida do embrião, está em sua capacidade de se converter em qualquer tecido humano.
A Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana só decide no próximo ano se concede a autorização a Wilmut.
Discussão
O uso de embriões na pesquisa de células-tronco tem levantado discussões éticas em todo o mundo, sejam eles criados por partenogênese ou aproveitados de clínicas de fertilização artificial. Como o embrião é destruído na retirada das células, cientistas têm debatido entre si e com a comunidade internacional se um embrião de poucos dias é considerado um indivíduo e, como tal, tem direito à vida.
Um exemplo da polêmica pode ser visto nos Estados Unidos. Enquanto alguns pesquisadores consideram os embriões produzidos por partenogênese um instrumento de trabalho --usando inclusive o termo "partenotas"--, o governo norte-americano indica a proibição de estudos embrionários.
Os críticos da técnica afirmam que as células-tronco podem ser obtidas de outras formas, pois estão presentes também no cordão umbilical e na medula óssea. Os defensores, por outro lado, dizem que o material colhido de outras fontes que não a embrionária não possui a mesma capacidade de transformação.
Com agências internacionais
Criador da Dolly pede autorização para clonar embriões humanos
da Folha OnlineO professor Ian Wilmut, criador da ovelha clonada Dolly, pediu à Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA, na sigla em inglês), do Reino Unido, autorização para clonar embriões humanos com fins terapêuticos.
O cientista, que trabalha no Instituto Roslin de Edimburgo (Escócia), quer realizar experiências com embriões humanos com o objetivo de pesquisar tratamentos para doenças degenerativas, como Parkinson e Alzheimer.
Wilmut necessita da autorização para aplicar uma técnica chamada partenogênese, que implica a fertilização de um óvulo humano sem o esperma. No entanto, o instituto não poderá implantar em um útero um embrião gerado pela técnica, o que poderia resultar no nascimento de uma criatura clonada --proibido pela Lei de Embriologia Humana do Reino Unido, de 1990.
Segundo o professor, o objetivo do seu laboratório é cultivar esses embriões partenogênicos em laboratório para que se possa extrair células-tronco. O valor dessas células, que se desenvolvem nos primeiros dias de vida do embrião, está em sua capacidade de se converter em qualquer tecido humano.
A Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana só decide no próximo ano se concede a autorização a Wilmut.
Discussão
O uso de embriões na pesquisa de células-tronco tem levantado discussões éticas em todo o mundo, sejam eles criados por partenogênese ou aproveitados de clínicas de fertilização artificial. Como o embrião é destruído na retirada das células, cientistas têm debatido entre si e com a comunidade internacional se um embrião de poucos dias é considerado um indivíduo e, como tal, tem direito à vida.
Um exemplo da polêmica pode ser visto nos Estados Unidos. Enquanto alguns pesquisadores consideram os embriões produzidos por partenogênese um instrumento de trabalho --usando inclusive o termo "partenotas"--, o governo norte-americano indica a proibição de estudos embrionários.
Os críticos da técnica afirmam que as células-tronco podem ser obtidas de outras formas, pois estão presentes também no cordão umbilical e na medula óssea. Os defensores, por outro lado, dizem que o material colhido de outras fontes que não a embrionária não possui a mesma capacidade de transformação.
Com agências internacionais
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