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13/12/2002 - 10h18

Mesmo em lista de ameaçados, caranguejos escapam de limitações

LEONARDO WERNER
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Presente na lista de animais ameaçados, o caranguejo guaiamum —também conhecido como guaiamu, goiamum ou goiamu, mas cujo nome científico é Cardisoma guanhumi— vai receber tratamento especial do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Ao contrário do que deve ocorrer com as outras espécies animais que o estudo incluiu na lista, não haverá proibição ou qualquer norma que limite a pesca do crustáceo, famoso na culinária brasileira, especialmente na região Nordeste.

O motivo é que o guaiamum é de extrema importância para cerca de 1 milhão de pessoas, que, segundo o Ibama, vivem da sua coleta em manguezais em vários pontos do Brasil.

"Se incluíssemos o animal na lista, as pessoas que vivem da coleta teriam de ser presas por crime ambiental", afirmou ontem em Belo Horizonte o presidente do instituto, Rômulo Mello, durante workshop no qual foi apresentada a lista vermelha nacional.

O fator que mais contribuiu para a redução da população do guaiamum no Brasil é a chamada sobrepesca, ou seja, a coleta excessiva.

Um dos locais em que o fato ocorre é a praia do Futuro, em Fortaleza, diz Mello. Lá os moradores coletam os caranguejos e os vendem por, em média, R$ 0,15 a unidade —obrigando o pescador a coletar grandes quantidades.

"Temos de conseguir um meio de organizar essa coleta, e não de proibi-la", argumentou o presidente do Ibama.

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