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19/12/2002 - 22h01

"Maldição da múmia" foi invenção da imprensa, diz pesquisador

da Folha Online

Um pesquisador australiano da Universidade de Monash, em Melbourne, afirma que a célebre "maldição da múmia", que ronda o faraó Tutancâmon desde que sua tumba foi encontrada há 80 anos, não passa de um mito criado pela imprensa sensacionalista da época.

Em um estudo publicado amanhã no "British Medical Journal", o epidemiologista Mark Nelson afirma que a maioria das pessoas envolvidas na descoberta viveu até uma idade avançada.

Ele pesquisou a biografia de 25 pessoas supostamente expostas à maldição e descobriu que a idade média de óbito é de 70 anos. O próprio líder da expedição, o arqueólogo Howard Carter, morreu com mais de 60 anos, de causas naturais, e afirmava que a maldição não passava de lenda.

Ajudantes egípcios também participaram da expedição, mas o australiano não quis inclui-los porque seria praticamente impossível obter informações pessoais sobre eles. Além disso, Nelson afirma que os egípcios possuíam uma expectativa de vida menor que os ocidentais na década de 20.

"(O mito) Foi quase certamente criado por jornais rivais, que eram proibidos de explorar o achado do século após os direitos exclusivos da notícia terem sido dados ao 'The Times of London'", afirmou Nelson.

A lenda nasceu após a morte do patrocinador de Carter, lorde Carnarvon, e de seu cachorro algumas semanas depois da abertura da tumba. Carnavon morreu aos 57 anos de toxemia e pneumonia, aparentemente causadas pela picada de um mosquito.

Jornais da época afirmaram que uma inscrição no local prometia morte "a quem perturbar a paz do rei" --apesar de não existirem registros da frase.

Com agências internacionais
 

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