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03/01/2003
-
19h29
A calota polar da Antártida está derretendo naturalmente e pode desaparecer dentro de 7.000 anos. Segundo estudo que a revista Science publica em sua edição de hoje, isso é capaz de elevar o nível dos oceanos em 4,8 metros.
Depois de realizar medições geológicas que dizem quando as rochas ficaram sem gelo pela primeira vez, os pesquisadores descobriram que a capa de gelo no oeste da Antártida começou a diminuir há cerca de 10.000 anos e continua a derreter.
"Existe um degelo gradual e contínuo", disse John Stone, professor de geologia na Universidade de Washington (EUA) e coordenador do estudo.
Ao longo de centenas de anos, disse, o gelo tem desaparecido numa proporção de aproximadamente 50 milímetros por ano a uma velocidade constante, que não revela qualquer sinal de diminuição.
Segundo ele, se a capa de gelo derreter por completo, o nível dos oceanos poderá subir até 4,8 metros, o suficiente para submergir algumas ilhas e áreas costeiras.
Stone disse que o estudo foi incapaz de provar se o degelo tem ou não relação com o aquecimento global do planeta, que alguns cientistas acreditam ser causado pela utilização de combustíveis fósseis.
Ele disse que a pesquisa aferiu aquilo que aparentemente é um ciclo natural do desenvolvimento de gelo e degelo que poderá manter-se periodicamente há milhões de anos.
Robert Ackert, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, disse que este estudo é importante porque estabelece uma tendência de degelo natural que parece manter-se mesmo sem contribuição da influência humana.
"Quaisquer alterações antropogênicas, no entanto, serão adicionadas a esta tendência", disse Arcket.
Leia mais notícias da Agência Lusa
Gelo da Antártida deve desaparecer em 7.000 anos, diz estudo
da Agência LusaA calota polar da Antártida está derretendo naturalmente e pode desaparecer dentro de 7.000 anos. Segundo estudo que a revista Science publica em sua edição de hoje, isso é capaz de elevar o nível dos oceanos em 4,8 metros.
Depois de realizar medições geológicas que dizem quando as rochas ficaram sem gelo pela primeira vez, os pesquisadores descobriram que a capa de gelo no oeste da Antártida começou a diminuir há cerca de 10.000 anos e continua a derreter.
"Existe um degelo gradual e contínuo", disse John Stone, professor de geologia na Universidade de Washington (EUA) e coordenador do estudo.
Ao longo de centenas de anos, disse, o gelo tem desaparecido numa proporção de aproximadamente 50 milímetros por ano a uma velocidade constante, que não revela qualquer sinal de diminuição.
Segundo ele, se a capa de gelo derreter por completo, o nível dos oceanos poderá subir até 4,8 metros, o suficiente para submergir algumas ilhas e áreas costeiras.
Stone disse que o estudo foi incapaz de provar se o degelo tem ou não relação com o aquecimento global do planeta, que alguns cientistas acreditam ser causado pela utilização de combustíveis fósseis.
Ele disse que a pesquisa aferiu aquilo que aparentemente é um ciclo natural do desenvolvimento de gelo e degelo que poderá manter-se periodicamente há milhões de anos.
Robert Ackert, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, disse que este estudo é importante porque estabelece uma tendência de degelo natural que parece manter-se mesmo sem contribuição da influência humana.
"Quaisquer alterações antropogênicas, no entanto, serão adicionadas a esta tendência", disse Arcket.
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