Publicidade
Publicidade
14/01/2003
-
14h01
O Instituto Geológico de Israel, ligado ao Ministério Nacional de Infra-estrutura, confirmou ontem ao jornal "Haaretz" que um pequeno artefato de pedra, com inscrições em fenício, seria do século 9 a.C.
Segundo o geólogo israelense Shimon Ilani, testes de carbono comprovam a datação. Também teriam sido encontrados grãos microscópicos de ouro, os quais existiriam no Monte do Templo, em Jerusalém, na mesma época, segundo a história judia.
A tabuleta foi exposta ao público há alguns meses, mas o dono --um colecionador israelense de Jerusalém-- não quis se identificar.
Seu advogado, David Zailer, disse que a peça foi encontrada durante uma reforma no Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas, como é chamada pelos muçulmanos. O diretor do Grupo Islâmico, que administra o complexo, nega que a peça tenha sido descoberta na área.
A mesquita é um dos três locais mais sagrados para os muçulmanos. A peça, se autêntica, pode acirrar a disputa pela região, já que cléricos muçulmanos afirmam que os judeus nunca pisaram no local.
Para os judeus, o templo foi construído pelo rei Salomão e destruído 400 anos depois, em 586 a.C., pelos babilônios. Para os muçulmanos, o califa Omar ibn-Khattab ordenou que a área fosse limpa no ano 638, para a construção de "uma casa de oração".
O local já foi palco de violentos conflitos entre judeus e muçulmanos. Em 2000, uma visita de Ariel Sharon, atual premiê de Israel, desencadeou a segunda Intifada, levante palestino contra a ocupação israelense.
Semelhanças
A peça, com o tamanho de um talão de cheques, conteria falas do rei Joás, que governou Jerusalém há 2.800 anos, semelhantes às encontradas na Bíblia, no Segundo Livro dos Reis, capítulo 12, versículos 1 a 6 e 11 a 17.
No texto, o rei pede ao sacerdote do templo que obtenha "dinheiro sagrado (...) para comprar pedras de calçamento e madeira e cobre e trabalhadores para realizar a tarefa com fé". Se o trabalho fosse bem-sucedido, "o Senhor" protegeria "suas pessoas com bençãos".
Com agências internacionais
Peça de 2.800 anos reacende disputa por templo em Jerusalém
da Folha OnlineO Instituto Geológico de Israel, ligado ao Ministério Nacional de Infra-estrutura, confirmou ontem ao jornal "Haaretz" que um pequeno artefato de pedra, com inscrições em fenício, seria do século 9 a.C.
Segundo o geólogo israelense Shimon Ilani, testes de carbono comprovam a datação. Também teriam sido encontrados grãos microscópicos de ouro, os quais existiriam no Monte do Templo, em Jerusalém, na mesma época, segundo a história judia.
A tabuleta foi exposta ao público há alguns meses, mas o dono --um colecionador israelense de Jerusalém-- não quis se identificar.
Seu advogado, David Zailer, disse que a peça foi encontrada durante uma reforma no Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas, como é chamada pelos muçulmanos. O diretor do Grupo Islâmico, que administra o complexo, nega que a peça tenha sido descoberta na área.
A mesquita é um dos três locais mais sagrados para os muçulmanos. A peça, se autêntica, pode acirrar a disputa pela região, já que cléricos muçulmanos afirmam que os judeus nunca pisaram no local.
Para os judeus, o templo foi construído pelo rei Salomão e destruído 400 anos depois, em 586 a.C., pelos babilônios. Para os muçulmanos, o califa Omar ibn-Khattab ordenou que a área fosse limpa no ano 638, para a construção de "uma casa de oração".
O local já foi palco de violentos conflitos entre judeus e muçulmanos. Em 2000, uma visita de Ariel Sharon, atual premiê de Israel, desencadeou a segunda Intifada, levante palestino contra a ocupação israelense.
Semelhanças
A peça, com o tamanho de um talão de cheques, conteria falas do rei Joás, que governou Jerusalém há 2.800 anos, semelhantes às encontradas na Bíblia, no Segundo Livro dos Reis, capítulo 12, versículos 1 a 6 e 11 a 17.
No texto, o rei pede ao sacerdote do templo que obtenha "dinheiro sagrado (...) para comprar pedras de calçamento e madeira e cobre e trabalhadores para realizar a tarefa com fé". Se o trabalho fosse bem-sucedido, "o Senhor" protegeria "suas pessoas com bençãos".
Com agências internacionais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice