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06/03/2003
-
10h37
da Folha de S.Paulo
A descoberta da magnetorresistência gigante é tão popular que foi até cogitada para o Prêmio Nobel de Física. "Eu sei disso", diz Baibich. "Acho até que isso já foi discutido mais de uma vez. Quem mais está empurrando isso é a IBM", complementa. A informação de que o tema é alvo do Nobel é compartilhada por outros físicos, segundo a Folha apurou.
Os três indicados seriam Albert Fert, chefe do laboratório francês em que Baibich trabalhava quando descobriu a magnetorresistência gigante, em 1988, Peter Grünberg, pesquisador alemão que trabalhou no problema simultaneamente ao grupo de Fert, e Stuart Parkin, o cientista da IBM que levou a pesquisa até sua aplicação.
Mesmo tendo sido o primeiro autor do estudo seminal para o campo, Baibich não se sente injustiçado por não ter seu nome entre os indicados. "Eu não tive a chance de seguir pesquisando com a intensidade com que os outros fizeram. Se sair o Nobel para eles, vou ficar muito contente."
Atualmente, o físico gaúcho segue estudando magnetorresistência gigante e suas propriedades em vários materiais, sempre com enfoque na pesquisa básica.
Suas investigações mais recentes envolvem o estudo de materiais inusitados, como sistemas aparentemente granulares que possuem essa propriedades magnetorreativa. Além disso, ele colabora com um grupo francês no estudo de terras raras (no caso específico, térbio) e na análise de materiais quase unidimensionais (sem largura ou espessura significativas), estudo que desafia as noções clássicas do magnetismo.
"Tenho 53 anos e estou cheio de idéias para o futuro", ele diz. "Consegui levar adiante algumas das idéias que tive, mas certamente quero fazer muito mais. Como qualquer cientista, minha maior meta sempre é saber mais."
O físico é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas está temporariamente em Tolouse, na França, fazendo uso do Laboratoire National des Champs Magnétiques Pulsés, que pode gerar um campo magnético de 60 Tesla. "Isso é 5.000 a 6.000 vezes maior que o campo magnético da Terra. Esse arranjo não existe em outro lugar, não com a sensibilidade que pretendemos alcançar."
Pesquisa é candidata a Prêmio Nobel
SALVADOR NOGUEIRAda Folha de S.Paulo
A descoberta da magnetorresistência gigante é tão popular que foi até cogitada para o Prêmio Nobel de Física. "Eu sei disso", diz Baibich. "Acho até que isso já foi discutido mais de uma vez. Quem mais está empurrando isso é a IBM", complementa. A informação de que o tema é alvo do Nobel é compartilhada por outros físicos, segundo a Folha apurou.
Os três indicados seriam Albert Fert, chefe do laboratório francês em que Baibich trabalhava quando descobriu a magnetorresistência gigante, em 1988, Peter Grünberg, pesquisador alemão que trabalhou no problema simultaneamente ao grupo de Fert, e Stuart Parkin, o cientista da IBM que levou a pesquisa até sua aplicação.
Mesmo tendo sido o primeiro autor do estudo seminal para o campo, Baibich não se sente injustiçado por não ter seu nome entre os indicados. "Eu não tive a chance de seguir pesquisando com a intensidade com que os outros fizeram. Se sair o Nobel para eles, vou ficar muito contente."
Atualmente, o físico gaúcho segue estudando magnetorresistência gigante e suas propriedades em vários materiais, sempre com enfoque na pesquisa básica.
Suas investigações mais recentes envolvem o estudo de materiais inusitados, como sistemas aparentemente granulares que possuem essa propriedades magnetorreativa. Além disso, ele colabora com um grupo francês no estudo de terras raras (no caso específico, térbio) e na análise de materiais quase unidimensionais (sem largura ou espessura significativas), estudo que desafia as noções clássicas do magnetismo.
"Tenho 53 anos e estou cheio de idéias para o futuro", ele diz. "Consegui levar adiante algumas das idéias que tive, mas certamente quero fazer muito mais. Como qualquer cientista, minha maior meta sempre é saber mais."
O físico é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas está temporariamente em Tolouse, na França, fazendo uso do Laboratoire National des Champs Magnétiques Pulsés, que pode gerar um campo magnético de 60 Tesla. "Isso é 5.000 a 6.000 vezes maior que o campo magnético da Terra. Esse arranjo não existe em outro lugar, não com a sensibilidade que pretendemos alcançar."
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