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24/03/2003
-
15h09
Uma nova lente de contato em desenvolvimento nos Estados Unidos pode fazer do colírio um artigo de museu e facilitar o tratamento de pessoas com glaucoma e outros problemas de visão.
Embebida com medicamentos, a lente trata do olho constantemente e pode ser usada por até 15 dias seguidos, segundo resultados de pesquisa da Universidade da Flórida apresentados durante reunião da American Chemical Society.
A novidade é o uso da nanotecnologia, técnica capaz de criar partículas muito pequenas, invisíveis a olho nu, chamadas nanopartículas. Os cientistas adicionaram ao material gelatinoso da lente de contato --o mesmo utilizado para a correção da miopia, por exemplo-- nanopartículas de medicamentos contra glaucoma e outras infecções oculares.
Esse tipo de problema na vista geralmente é tratado com colírio, que exige aplicação frequente, processo do qual muitas vezes, segundo os pesquisadores, decorrem dosagem incorreta e desperdício de medicamento.
"Além disso, a maioria dos colírios que você pinga nos olhos terminam no nariz", diz Anuj Chauhan, professor de engenharia química que conduziu os estudos na Flórida. Isso porque o colírio se mistura às lágrimas e é absorvido para a cavidade nasal.
Já as lentes de contato poderiam prevenir esse processo. Elas liberam o medicamento vagarosamente na superfície dos olhos, o que também ajuda a regularidade do tratamento, disse Chauhan. "Se você pede para um paciente aplicar colírio dez vezes por dia, ele provavelmente não o fará corretamente", afirmou.
Segundo o professor, ainda são necessárias mais pesquisas sobre o volume ideal de liberação de medicamento pela lente de contato e também sobre outros medicamentos que podem ser aplicados com ela. Uso comercial, no entanto, só dentro de uma década, disse Chauhan.
Com agências internacionais
Lente de contato pode substituir colírio para tratar infecções
da Folha OnlineUma nova lente de contato em desenvolvimento nos Estados Unidos pode fazer do colírio um artigo de museu e facilitar o tratamento de pessoas com glaucoma e outros problemas de visão.
Embebida com medicamentos, a lente trata do olho constantemente e pode ser usada por até 15 dias seguidos, segundo resultados de pesquisa da Universidade da Flórida apresentados durante reunião da American Chemical Society.
A novidade é o uso da nanotecnologia, técnica capaz de criar partículas muito pequenas, invisíveis a olho nu, chamadas nanopartículas. Os cientistas adicionaram ao material gelatinoso da lente de contato --o mesmo utilizado para a correção da miopia, por exemplo-- nanopartículas de medicamentos contra glaucoma e outras infecções oculares.
Esse tipo de problema na vista geralmente é tratado com colírio, que exige aplicação frequente, processo do qual muitas vezes, segundo os pesquisadores, decorrem dosagem incorreta e desperdício de medicamento.
"Além disso, a maioria dos colírios que você pinga nos olhos terminam no nariz", diz Anuj Chauhan, professor de engenharia química que conduziu os estudos na Flórida. Isso porque o colírio se mistura às lágrimas e é absorvido para a cavidade nasal.
Já as lentes de contato poderiam prevenir esse processo. Elas liberam o medicamento vagarosamente na superfície dos olhos, o que também ajuda a regularidade do tratamento, disse Chauhan. "Se você pede para um paciente aplicar colírio dez vezes por dia, ele provavelmente não o fará corretamente", afirmou.
Segundo o professor, ainda são necessárias mais pesquisas sobre o volume ideal de liberação de medicamento pela lente de contato e também sobre outros medicamentos que podem ser aplicados com ela. Uso comercial, no entanto, só dentro de uma década, disse Chauhan.
Com agências internacionais
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