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10/04/2003 - 17h39

Saiba mais sobre a pneumonia asiática

da Folha Online

A pneumonia asiática é uma doença que apresenta sintomas parecidos com uma gripe: febre alta (acima de 38ºC), calafrios, dores musculares e tosse seca. O quadro evolui para dificuldade na respiração.

A epidemia da síndrome respiratória aguda grave (Sars, na sigla em inglês) surgiu na Ásia e se espalhou para diversos países da Oceania, da Europa e da América do Norte. Ainda não há casos confirmados na América do Sul.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os primeiros casos da doença surgiram em novembro de 2002 na China, país mais atingido pela epidemia.

São notificados casos também em países como Canadá, Alemanha, Estados Unidos, Suécia, Suíça, França, Reino Unido, Irlanda, Espanha e Áustria.

Segundo informações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a maior proporção dos casos foi registrada em adultos (25 a 70 anos). O período de incubação pode variar de dois e dez dias.

Uma "significativa" melhora dos sintomas ocorre a partir do sexto dia para 80% ou 90% dos casos. O quadro clínico do restante dos pacientes se agrava, progredindo para insuficiência respiratória aguda, exigindo entubação e ventilação mecânica.

Aparentemente, a doença precisa de contato próximo com pessoas infectadas para ser transmitida, através da saliva ou secreções corporais. Não há certeza, porém, sobre o real grau de infecciosidade da pneumonia asiática.

Tratamento

Os cientistas acreditam que o vírus causador da pneumonia asiática seja um novo tipo de coronavírus, da mesma família dos vírus da gripe, segundo a publicação New England Journal of Medicine. A identificação do agente da Sars permite que laboratórios se concentrem no desenvolvimento de diagnósticos mais rápidos e precisos.

Mas alguns exames laboratoriais em pacientes do Canadá, China e Estados Unidos detectaram a presença de vírus das famílias Paramyxoviridae, além de M. pneumoniae, segundo o Ministério da Saúde. Mas pesquisadores ainda não determinaram se eles podem ser, na verdade, infecções oportunistas, que se aproveitam do enfraquecimento causado pelo coronavírus.

Outras hipóteses também são levadas em conta, como de ser algum vírus que cause infecção em animais e que tenha cruzado a barreira das espécies para infectar humanos ou de ser algum vírus que cause infecção em humanos e que tenha sofrido processo de mutação.

De acordo com a Anvisa, diversas terapias com antibióticos têm sido tentadas até o momento, com pouco efeito evidente. A terapia mais utilizada atualmente é o suporte geral do paciente, assegurando a hidratação e o tratamento de infecções subsequentes. O paciente deve ser isolado.

Prevenção

O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse que o Brasil já adotou todas as providências recomendadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para evitar uma epidemia da Sars no país.

Aeroportos e portos estão orientados para identificar possíveis vítimas. Além disso, o governo colocou em alerta as secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, que deverão isolar pessoas supostamente contaminadas e providenciar a biossegurança dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento.

Conduta

A pessoa que apresentar os sintomas suspeitos deve procurar atendimento médico. A Vigilância Epidemiológica das secretarias Municipal e Estadual de Saúde devem ser comunicadas.

Se for detectado caso suspeito durante vôo internacional de aeronaves procedentes de áreas afetadas, ele deve ser notificado às autoridades sanitárias da Anvisa em exercício no aeroporto. Além disso, a aeronave deverá ser estacionada em área remota e aguardar a presença da autoridade sanitária da Anvisa para autorização de desembarque dos passageiros.

A Anvisa afirma que passageiros que tiveram contato direto com o caso suspeito e aqueles que se sentaram próximos ao paciente deverão ficar em regime de quarentena domiciliar por dez dias a partir da data do desembarque.

Em caso de viagens marítimas internacionais, o procedimento é parecido. Todos os passageiros e a tripulação, porém, serão considerados contatos íntimos e só poderão ser liberados para desembarque após autorização da autoridade sanitária da Anvisa em exercício no porto, por um período máximo de dez dias após a data de início de sintomas do caso suspeito. Durante o período, a embarcação ficará fundeada e deverá ser garantida a avaliação e assistência sistemática da saúde dos passageiros e tripulação.

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