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11/04/2003
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12h13
As estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil em 2003, feitas pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), indicam que 30% dos cerca de 402 mil novos casos de câncer que devem ser registrados no país este ano terão o tabagismo como causa principal ou importante fator de risco (tais como pulmão, mama, colo do útero, cavidade oral, esôfago).
O câncer de pulmão deverá ser mais uma vez o principal causador de mortes: 16.230 --12,78% do total, sendo a principal causa em homens e a segunda em mulheres.
Mas há uma boa notícia: a análise da taxa de mortalidade aponta uma tendência de estabilidade nas taxas de morte por câncer de pulmão em homens a partir de 1996.
"Ainda é cedo para comemorarmos uma queda, mas esta estabilidade indica que a conscientização da população, para a qual o papel da imprensa tem sido fundamental, e as severas medidas de controle de propaganda e restrição ao fumo em locais fechados, que o Congresso aprovou nos últimos anos, podem estar começando a mostrar seus efeitos", avalia Jamil Haddad, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer.
Já nas mulheres a curva ainda está em tendência de crescimento, embora as taxas de mortalidade sejam muito menores do que na população masculina.
A posição do câncer de pulmão como segunda causa de morte por câncer em mulheres (4.915 óbitos previstos) reflete o aumento de consumo de cigarros pela população feminina, especialmente a partir da década de 60, quando adotaram hábitos anteriormente tidos como masculinos.
E a primeira causa de morte em mulheres, o câncer de mama, tem o cigarro como fator de risco, além da obesidade, do consumo regular de álcool, da gravidez tardia (após os 30 anos), e da menopausa tardia (após os 50). O mesmo fator está associado ao câncer do colo do útero, o quarto colocado nas estimativas de mortes.
Números gerais
O INCA estimou que este ano deverão ser registrados no Brasil 126.960 mortes causadas pelo câncer no Brasil.
Dos 402 mil novos casos de câncer previstos para 2003, 186 mil acontecerão em indivíduos do sexo masculino e 216 mil em mulheres. Com relação às mortes causadas pela doença, 68.350 delas acontecerão entre os homens e 58.610 entre mulheres.
Acredita-se que a maior mortalidade em homens pode ser atribuída a ocorrência de tipos mais letais da doença, como também a demora em buscar ajuda uma vez que os homens só a procuram quando o tumor já está em fase avançada. Em contrapartida, as mulheres cuidam mais da saúde, têm mais disciplina em relação aos exames periódicos e enfrentam melhor a doença.
Pelos dados mais atualizados de mortalidade disponíveis, relativos ao ano 2000, o câncer aparece como a segunda causa de morte no país --atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Segundo o INCA, a tendência de queda no câncer de estômago, tanto em mortalidade quanto em incidência, resultado de mudanças sócio-econômicas, como por exemplo o aumento do número de domicílios com geladeira, refletindo o acesso à conservação de alimentos e aumento no consumo de frutas e legumes frescos.
Tipos de câncer
Dos 402 mil novos casos de câncer esperados para 2003, o de pele não melanoma é o de maior incidência tanto em homens quanto em mulheres, com previsão de 82.155 novos casos, superando o câncer de mama, que deverá registrar 41.610 casos.
A letalidade, no entanto, é baixa: 875 mortes são esperadas para o câncer de pele não melanoma. Os técnicos do INCA esclarecem que apesar de ainda subestimados, devido ao seu bom prognóstico, espera-se que o câncer de pele seja o principal tipo de câncer a acometer a população.
Nos homens, o câncer de próstata, é a segunda maior incidência e este ano deverá registrar 35 mil novos casos.
Com o exame PSA (Antígeno Prostático Específico), têm aumentado o número de mortes atribuídas ao câncer de próstata, enquanto no passado, pela falta de um diagnóstico específico, eram creditadas a outras doenças ou notificadas como causa desconhecida.
Em todo o mundo, o câncer de cólon e reto é a quarta neoplasia mais incidente em ambos os sexos, com mortalidade considerada baixa e prognóstico relativamente bom.
No Brasil, esse tipo de câncer figura entre as cinco primeiras causas de mortes por câncer, sendo a quinta causa de mortes entre os homens e a terceira entre mulheres. Em relação ao número de casos novos, o câncer de cólon e reto se encontra em quinto lugar entre os homens e em quarto lugar entre as mulheres.
Tabagismo será principal causa de 30% dos casos de câncer no país
da Folha OnlineAs estimativas da incidência e mortalidade por câncer no Brasil em 2003, feitas pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), indicam que 30% dos cerca de 402 mil novos casos de câncer que devem ser registrados no país este ano terão o tabagismo como causa principal ou importante fator de risco (tais como pulmão, mama, colo do útero, cavidade oral, esôfago).
O câncer de pulmão deverá ser mais uma vez o principal causador de mortes: 16.230 --12,78% do total, sendo a principal causa em homens e a segunda em mulheres.
Mas há uma boa notícia: a análise da taxa de mortalidade aponta uma tendência de estabilidade nas taxas de morte por câncer de pulmão em homens a partir de 1996.
"Ainda é cedo para comemorarmos uma queda, mas esta estabilidade indica que a conscientização da população, para a qual o papel da imprensa tem sido fundamental, e as severas medidas de controle de propaganda e restrição ao fumo em locais fechados, que o Congresso aprovou nos últimos anos, podem estar começando a mostrar seus efeitos", avalia Jamil Haddad, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer.
Já nas mulheres a curva ainda está em tendência de crescimento, embora as taxas de mortalidade sejam muito menores do que na população masculina.
A posição do câncer de pulmão como segunda causa de morte por câncer em mulheres (4.915 óbitos previstos) reflete o aumento de consumo de cigarros pela população feminina, especialmente a partir da década de 60, quando adotaram hábitos anteriormente tidos como masculinos.
E a primeira causa de morte em mulheres, o câncer de mama, tem o cigarro como fator de risco, além da obesidade, do consumo regular de álcool, da gravidez tardia (após os 30 anos), e da menopausa tardia (após os 50). O mesmo fator está associado ao câncer do colo do útero, o quarto colocado nas estimativas de mortes.
Números gerais
O INCA estimou que este ano deverão ser registrados no Brasil 126.960 mortes causadas pelo câncer no Brasil.
Dos 402 mil novos casos de câncer previstos para 2003, 186 mil acontecerão em indivíduos do sexo masculino e 216 mil em mulheres. Com relação às mortes causadas pela doença, 68.350 delas acontecerão entre os homens e 58.610 entre mulheres.
Acredita-se que a maior mortalidade em homens pode ser atribuída a ocorrência de tipos mais letais da doença, como também a demora em buscar ajuda uma vez que os homens só a procuram quando o tumor já está em fase avançada. Em contrapartida, as mulheres cuidam mais da saúde, têm mais disciplina em relação aos exames periódicos e enfrentam melhor a doença.
Pelos dados mais atualizados de mortalidade disponíveis, relativos ao ano 2000, o câncer aparece como a segunda causa de morte no país --atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Segundo o INCA, a tendência de queda no câncer de estômago, tanto em mortalidade quanto em incidência, resultado de mudanças sócio-econômicas, como por exemplo o aumento do número de domicílios com geladeira, refletindo o acesso à conservação de alimentos e aumento no consumo de frutas e legumes frescos.
Tipos de câncer
Dos 402 mil novos casos de câncer esperados para 2003, o de pele não melanoma é o de maior incidência tanto em homens quanto em mulheres, com previsão de 82.155 novos casos, superando o câncer de mama, que deverá registrar 41.610 casos.
A letalidade, no entanto, é baixa: 875 mortes são esperadas para o câncer de pele não melanoma. Os técnicos do INCA esclarecem que apesar de ainda subestimados, devido ao seu bom prognóstico, espera-se que o câncer de pele seja o principal tipo de câncer a acometer a população.
Nos homens, o câncer de próstata, é a segunda maior incidência e este ano deverá registrar 35 mil novos casos.
Com o exame PSA (Antígeno Prostático Específico), têm aumentado o número de mortes atribuídas ao câncer de próstata, enquanto no passado, pela falta de um diagnóstico específico, eram creditadas a outras doenças ou notificadas como causa desconhecida.
Em todo o mundo, o câncer de cólon e reto é a quarta neoplasia mais incidente em ambos os sexos, com mortalidade considerada baixa e prognóstico relativamente bom.
No Brasil, esse tipo de câncer figura entre as cinco primeiras causas de mortes por câncer, sendo a quinta causa de mortes entre os homens e a terceira entre mulheres. Em relação ao número de casos novos, o câncer de cólon e reto se encontra em quinto lugar entre os homens e em quarto lugar entre as mulheres.
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