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04/11/2000 - 21h46

Asteróide pode colidir com a Terra daqui a 30 anos

da AP
em Los Angeles (EUA)

Um grupo de cientistas anunciou hoje que conseguiu observar um provável asteróide que, segundo eles, tem 1 chance em 500 de colidir com a Terra daqui a 30 anos. Apesar de improvável, a possibilidade de choque com o corpo celeste é a mais ameaçadora já verificada.

Se o acidente ocorrer, a colisão deve ser "comparável a uma explosão nuclear", disse Donald Yeomans, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial norte-americana. Ele acredita que, por enquanto, "não há com o que se preocupar".

O objeto, que também pode ser um pedaço de "lixo espacial", foi batizado com o código de 2000 SG344. O corpo tem diâmetro estimado entre 30 m e 70 m e foi descoberto no dia 29 de setembro, em um observatório no Havaí.

"A chance de colisão é mil vezes maior do que com qualquer objeto espacial já encontrado", disse Paul Chodas, principal engenheiro do programa da Nasa responsável por rastrear objetos celestes próximos à Terra.

Os cálculos dos astrônomos, por enquanto, indicam que o asteróide chegará o mais próximo do planeta no dia 21 de setembro de 2030, mas ainda assim estará 15 vezes mais distante do que a Lua. Os cientistas, no entanto, afirmam que uma colisão com a Terra está dentro da margem de erro da projeção.

Outras observações ainda precisam ser feitas antes do tamanho do corpo celeste ser medido com precisão. Se o objeto for mesmo um asteróide, mais de 23 mil toneladas de rocha vão se chocar com a atmosfera.

A órbita do objeto, circular e praticamente no mesmo plano que a da Terra, é incomum para um asteróide, e levou cientistas a suspeitarem que o corpo seja um módulo de foguete perdido no espaço, provavelmente um pedaço do Apollo, lançado em 1970.

Neste caso, o objeto teria menos massa do que se estima e não chegaria a oferecer riscos ao planeta, porque se desintegraria na atmosfera. O corpo está hoje a 13,5 milhões de quilômetros da Terra.

A descoberta foi feita pelo programa norte-americano de "caça a asteróides", que já encontrou mais de 8.600 objetos celestes, todos benignos.

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