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11/06/2003 - 04h38

Praga de mexilhões infesta usina de Itaipu

FÁTIMA LESSA
da Agência Folha, em Foz do Iguaçu

Uma espécie de mexilhão que tomou os reservatórios da Itaipu Binacional está sendo objeto de estudo de pesquisadores de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, do Paraná e do Rio Grande do Sul.

O Limnoperna fortunei, conhecido como mexilhão dourado, fixa-se em todo tipo de substância dura e se alastra. Também provoca "macrofouling" (assentamento dentro de encanamento).

O Ministério do Meio Ambiente e a Marinha criaram uma rede envolvendo especialistas em mexilhão dourado de diferentes instituições e Estados. O objetivo é conhecer melhor a dispersão dessa espécie no Brasil.

Na usina de Itaipu, o mexilhão dourado foi encontrado pela primeira vez em abril de 2001. A diretoria técnica da usina, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a presença do molusco não provocou ainda prejuízo à produção de energia.

Mas confirmou que houve aumento de gastos, sem citar valores, já que foi necessária uma maior quantidade de homens/hora utilizados na manutenção (limpezas e inspeções de equipamentos e instalações).

Flávio da Costa Fernandes, do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, do Ministério do Meio Ambiente, disse que "o animal provoca prejuízos incalculáveis nas correntes de águas e encanamentos".

A Itaipu tem 18 turbinas em operação atualmente, com previsão de mais duas para 2004. A programação de manutenção periódica contempla a eventual parada imprevista de uma turbina sem prejuízo para a geração de energia elétrica.

A professora Claudia Callil, da Universidade Federal de Mato Grosso, disse que prevenir ou desacelerar a dispersão do mexilhão dourado é fundamental para evitar o "macrofouling" e danos à pesca esportiva e comercial, turismo e esportes náuticos.

Entrada

O Limnoperna fortunei é um mexilhão de água doce que invadiu a América do Sul pela bacia do Prata, através do rio da Prata (Argentina), em 1991. Ele é oriundo de rios e arroios da China e sudoeste da Ásia. Invadiu Hong Kong em 1965 e Japão e Taiwan nos anos 1970.

Fernandes afirmou que não se conhece uma forma rápida, sustentável ambiental e economicamente de acabar com o molusco.

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