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13/06/2003 - 12h49

Redes pesqueiras matam 300 mil cetáceos por ano, diz ONG

da Folha Online

Cerca de 300 mil baleias e golfinhos morrem anualmente quando ficam presas em redes pesqueiras, de acordo com um relatório divulgado hoje pela ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza).

A organização afirma que esses dados devem ser levados em consideração na próxima reunião da Comissão Internacional de Baleia (CIB), que acontece a partir de segunda-feira (16) em Berlim, Alemanha.

"Essa taxa de perda nas redes está diminuindo significativamente muitas populações de baleias e golfinhos, o que levará ao extermínio de diversas espécies em poucas décadas se nada for feito", disse o vice-diretor da WWF Andrew Read. Segundo ele, é possível reduzir a mortalidade sem afetar a viabilidade comercial da pesca.

Polarização

Read afirmou também que a WWF se uniu a 19 nações --incluindo Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Alemanha-- e outras 40 ONGs (organizações não-governamentais) para formar a chamada "iniciativa de Berlim", que apresentará uma relação de medidas de proteção para todos os cetáceos.

O plano conservacionista já provocou reações contrárias de nações baleeiras, antes mesmo do início da reunião da CIB.

Ontem, o Japão --um dos maiores predadores de baleias do mundo-- ameaçou deixar a comissão caso pedidos de proteção mais rígidos sejam aprovados. "A situação na CIB está se tornando bastante esquisita para uma nação baleeira", disse Takanori Nagatomo, da Agência de Pesca japonesa. "Se a iniciativa for aprovada, o Japão terá de tomar ações enérgicas, como sair."

A CIB foi formada para regulamentar a caça de baleias e protegê-las da extinção, mas o advento do ambientalismo e o número crescente de nações que se opõem à ação mudaram o tom das reuniões.

Os encontros anuais se tornam palco de grandes batalhas entre grupos protecionistas e nações baleeiras, as quais argumentam que a comissão não foi criada para banir a caça, e sim para delimitar seu uso.

Com Reuters

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