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20/08/2003
-
15h51
Cientistas americanos identificaram uma esponja, residente em águas tropicais profundas, que produz finas fibras de vidro capazes de transmitir melhor a luz do que a fibra óptica industrial, usada hoje nas telecomunicações.
As fibras naturais são criadas, em baixas temperaturas, a partir de matéria-prima encontrada no ambiente marinho, em um processo que os cientistas esperam reproduzir em laboratório. Os métodos atuais de fabricação de cabos ópticos requerem altas temperaturas e produzem um material relativamente fraco, que quebra quando dobrado.
"Pode-se fazer um nó com essas fibras biológicas sem que se partam. É realmente espantoso", afirmou Joanna Aizenberg, que chefiou a pesquisa realizada nos Laboratórios Bell e divulgada na edição de amanhã da revista "Nature" (www.nature.com).
A esponja Euplectella tem cerca de 45 centímetros de altura e um esqueleto constituído por uma malha de sílica, que também serve de residência a camarões. As fibras formam uma coroa em sua base, que parece ajudá-la a agarrar-se ao fundo do oceano. Cada uma delas tem entre cinco e 18 centímetros de comprimento e a espessura de um fio de cabelo.
A Euplectella também pode colar vestígios de sódio às fibras, aumentando sua capacidade de condução da luz, disse Aizenberg.
"Um dos desafios da tecnologia é juntar aditivos à estrutura de vidro para melhorar as propriedades ópticas", afirmou a pesquisadora. "Se compreendermos exatamente como ela se deposita sódio nas fibras de vidro a baixas temperaturas, poderemos controlar todas as propriedades."
A descoberta faz parte de um setor conhecido como biomimética, ou a compreensão de sistemas biológicos para sua aplicação no desenvolvimento tecnológico.
Entre as descobertas mais recentes nessa área estão uma enzima usada em detergentes --inspirada em uma bactéria que atua contra gorduras em água fria-- e uma proteína luminosa da medusa --a qual permite aos cirurgiões iluminar o tecido canceroso enquanto o removem.
Com agências internacionais
Esponja tropical produz fibra óptica melhor que a da indústria
da Folha OnlineCientistas americanos identificaram uma esponja, residente em águas tropicais profundas, que produz finas fibras de vidro capazes de transmitir melhor a luz do que a fibra óptica industrial, usada hoje nas telecomunicações.
As fibras naturais são criadas, em baixas temperaturas, a partir de matéria-prima encontrada no ambiente marinho, em um processo que os cientistas esperam reproduzir em laboratório. Os métodos atuais de fabricação de cabos ópticos requerem altas temperaturas e produzem um material relativamente fraco, que quebra quando dobrado.
"Pode-se fazer um nó com essas fibras biológicas sem que se partam. É realmente espantoso", afirmou Joanna Aizenberg, que chefiou a pesquisa realizada nos Laboratórios Bell e divulgada na edição de amanhã da revista "Nature" (www.nature.com).
A esponja Euplectella tem cerca de 45 centímetros de altura e um esqueleto constituído por uma malha de sílica, que também serve de residência a camarões. As fibras formam uma coroa em sua base, que parece ajudá-la a agarrar-se ao fundo do oceano. Cada uma delas tem entre cinco e 18 centímetros de comprimento e a espessura de um fio de cabelo.
A Euplectella também pode colar vestígios de sódio às fibras, aumentando sua capacidade de condução da luz, disse Aizenberg.
"Um dos desafios da tecnologia é juntar aditivos à estrutura de vidro para melhorar as propriedades ópticas", afirmou a pesquisadora. "Se compreendermos exatamente como ela se deposita sódio nas fibras de vidro a baixas temperaturas, poderemos controlar todas as propriedades."
A descoberta faz parte de um setor conhecido como biomimética, ou a compreensão de sistemas biológicos para sua aplicação no desenvolvimento tecnológico.
Entre as descobertas mais recentes nessa área estão uma enzima usada em detergentes --inspirada em uma bactéria que atua contra gorduras em água fria-- e uma proteína luminosa da medusa --a qual permite aos cirurgiões iluminar o tecido canceroso enquanto o removem.
Com agências internacionais
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