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24/08/2003
-
01h05
As primeiras declarações do presidente da Agência Espacial Brasileira, Luiz Bevilacqua, após a explosão na base de Alcântara causaram reações no Congresso.
Bevilacqua concedia uma entrevista sobre o acordo firmado entre Brasil e Ucrânia justamente para o uso da base de Alcântara na hora do acidente. Ao ser informado por jornalistas, ele chegou a ironizar a notícia: "Só se for um foguete de São João".
O deputado Corauci Sobrinho (PFL-SP), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, criticou a atitude do presidente da AEB.
"A manifestação de Bevilacqua foi constrangedora. Ele mostrou distanciamento grande da realidade", disse.
Sobrinho afirmou que vai apresentar requerimento convidando os ministros Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia), José Viegas (Defesa) e Bevilacqua para explicar o acidente.
Para o presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Gastão Vieira (PMDB-MA), Bevilacqua deveria pedir demissão do cargo por ter se mostrado "desinformado" ao ser questionado sobre o acidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também achou estranho o fato de Bevilacqua não saber do acidente, conforme o relato de deputados presentes a jantar de confraternização entre a bancada do PT na Câmara dos Deputados no Palácio da Alvorada, anteontem.
Preocupado com a falta de informações sobre o acidente, Lula demonstrava estar "chateado" e "abatido" durante o jantar.
Lula cogitou ir à base, onde o ministro Viegas está acompanhando as investigações. A ida para Alcântara não foi possível porque o presidente já estava com viagem marcada para o Rio de Janeiro, onde o corpo do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, 55, morto em atentado em Bagdá, seria velado. Hoje o presidente embarca para o Peru.
Lula demonstrou preocupação por dois pontos: se as normas de segurança eram obedecidas e como está a situação orçamentária do programa espacial brasileiro.
O presidente teme que a oposição use o fato de que uma possível falta de recursos tenha contribuído para a falta de segurança. Lula não acredita na possibilidade de sabotagem, e sim numa falha humana ou mecânica.
Para a imagem do programa espacial, Lula avalia que há um óbvio desgaste, mas afirmou que o programa e os investimentos irão continuar. Para ele, o programa é fundamental para o país por uma questão de soberania.
Congresso reage à gafe do presidente da Agência Espacial Brasileira
da Folha de S. PauloAs primeiras declarações do presidente da Agência Espacial Brasileira, Luiz Bevilacqua, após a explosão na base de Alcântara causaram reações no Congresso.
Bevilacqua concedia uma entrevista sobre o acordo firmado entre Brasil e Ucrânia justamente para o uso da base de Alcântara na hora do acidente. Ao ser informado por jornalistas, ele chegou a ironizar a notícia: "Só se for um foguete de São João".
O deputado Corauci Sobrinho (PFL-SP), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, criticou a atitude do presidente da AEB.
"A manifestação de Bevilacqua foi constrangedora. Ele mostrou distanciamento grande da realidade", disse.
Sobrinho afirmou que vai apresentar requerimento convidando os ministros Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia), José Viegas (Defesa) e Bevilacqua para explicar o acidente.
Para o presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Gastão Vieira (PMDB-MA), Bevilacqua deveria pedir demissão do cargo por ter se mostrado "desinformado" ao ser questionado sobre o acidente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também achou estranho o fato de Bevilacqua não saber do acidente, conforme o relato de deputados presentes a jantar de confraternização entre a bancada do PT na Câmara dos Deputados no Palácio da Alvorada, anteontem.
Preocupado com a falta de informações sobre o acidente, Lula demonstrava estar "chateado" e "abatido" durante o jantar.
Lula cogitou ir à base, onde o ministro Viegas está acompanhando as investigações. A ida para Alcântara não foi possível porque o presidente já estava com viagem marcada para o Rio de Janeiro, onde o corpo do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, 55, morto em atentado em Bagdá, seria velado. Hoje o presidente embarca para o Peru.
Lula demonstrou preocupação por dois pontos: se as normas de segurança eram obedecidas e como está a situação orçamentária do programa espacial brasileiro.
O presidente teme que a oposição use o fato de que uma possível falta de recursos tenha contribuído para a falta de segurança. Lula não acredita na possibilidade de sabotagem, e sim numa falha humana ou mecânica.
Para a imagem do programa espacial, Lula avalia que há um óbvio desgaste, mas afirmou que o programa e os investimentos irão continuar. Para ele, o programa é fundamental para o país por uma questão de soberania.
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