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"Quem vai melhorar este país somos nós",
Mauricio Antonio

"Por que Marta não fez a obra próximo da casa dela",
Marcio Coronato


palavra do leitor

"Aqui, o PT ganhou as eleições. Mas, sem sombra de dúvidas, perdeu a vergonha",
Pedro Bira

"Em breve, teremos um país vermelho de vergonha!",
Antonio Brandi


14/07/2006
Carta da semana

fracasso do ensino

"Sou professor, ex-militante (lecionei durante 11 anos) e, sinceramente, não me incluo no conjunto dos que pouco ou nada fizeram pelo ensino. Em 1985 detinha duas "cadeiras" efetivas no ensino médio paulista, conquistadas com louvor através de dificílimos concursos públicos. Pois é, pedi exoneração dos dois cargos e declinei de minha vocação.

Nessa época ganhou corpo o movimento sindical que se opunha a um governo ditatorial que todos, queríamos debelar, a qualquer custo. No ensino o preço foi trocar o critério da competência pela demagogia política.

Liderado pelo PT, o movimento tomou corpo e dezenas de milhares de oprimidos professores temporários conquistaram um lugar ao sol . Todos foram elevados a categoria de mestres. Senti-me injustiçado, contudo não foi esse o motivo de minha decisão. A exemplo de nossa lei Áurea que limitou-se a abolir a escravidão criando o embrião dos atuais sem terra e sem teto, o governo da época, também através de uma lei criou uma legião de professores anistiados que pouco ou nada tinham para ensinar e decretou o fim da qualidade do ensino público.

Junta-se aos "sem teto" e"sem terra" os "sem conhecimento". Na época coordenava a área de exatas da escola e já se podia vislumbrar a "tragédia qualitativa do ensino" em decorrência da efetivação desses milhares de professores, a maioria desqualificada. Com muita persistência, consegui uma audiência com o “todo podero” Sólon Borges dos Reis da APEOESP e sugeri que aquela entidade que tanto lutava pela classe coordenasse junto com o governo um projeto de apoio pedagógico e qualificação permanente do corpo docente do Estado.

Lembro-me que não reprovou minha sugestão, mas cheio de convicção afirmou: "o processo democrático afasta os descontes e se encarrega de corrigir tempestivamente as deficiências". Com 35 anos de idade tive tempo de me reciclar profissionalmente”,
Ademar Sanches Ortega - ademar.sanches@primeoffice.com.br


CIDADÃO JORNALISTA é um espaço destinado aos leitores e ouvintes que ao relatarem fatos e experiências de sua cidade, comunidade e cotidiano, tornam-se repórteres por um momento.

 
 
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