Pesquisa
do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada),
divulgada ontem, informa que inúmeros setores da economia
estão desesperados à procura de mão-de-obra
qualificada. Não estamos falando aqui de doutores,
mas de qualificações simples.
A burrice ocorre, entre outros motivos, porque se dá
muita atenção aos cursos superiores tradicionais,
os quais, muitas vezes, são de péssima qualidade
e cuja empregabilidade é baixíssima. Isso com
estímulo oficial, que dá bolsas a alunos mais
pobres para cursarem faculdades medíocres.
Para reduzir esse problema, bastaria conhecer as vocações
econômicas locais e preparar mão-de-obra para
elas, acrescentando ensino profissionalizante ao ensino regular.
Tudo isso pode ser feito com a ajuda dos recursos de educação
à distância. Nada disso é novidade e já
temos, no Brasil, vários casos de sucesso.
É muito mais barato um curso superior para tecnólogo
do que a graduação normal, mas muitos jovens
não sabem disso na hora de prestar o vestibular.
O melhor que se pode fazer pela inclusão de verdade
dos jovens é ampliar a oferta de ensino profissionalizante,
transformando as escolas de ensino médio numa porta
de saída para o mercado de trabalho.
Coloquei abaixo algumas experiências de ensino profissionalizante
que merecem ser acompanhadas:
Emprego
em São Paulo
Restaurantes
e bares procuram profissional que tenha habilidade com as
mãos
Bike-boys
é nova profissão em São Paulo
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, editoria Pensata.
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