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rede lê
16/07/2004
Projeto promove inclusão digital em comunidades de Minas Gerais

Grasiela Cardoso
Especial para o GD

Promover em comunidades a inserção do acesso à Internet e tecnologia digital, ao mesmo tempo em que são estimuladas práticas culturais e exercícios de direito como forma de se apropriar desses novos conhecimentos. Esse é o principal foco do projeto Rede Lê (Rede de Inclusão e Letramento Digital), fundado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para a coordenadora do projeto, Regina Helena Alves da Silva, tudo consiste em utilizar a inclusão digital como uma forma de transformação social. "Todos podem participar, escolas, comunidades e até mesmo grupos indígenas, porque a principal proposta é ensiná-los a buscar as informações necessárias para o desenvolvimento próprio", define a coordenadora. No total, mais de 100 mil pessoas já foram capacitadas pelo projeto.

Fundada em 2003, a Rede Lê já possui 18 telecentros espalhados por Belo Horizonte e também no interior do estado. Nesses centros de informática, os denominados "agentes multiplicadores", estudantes voluntários da UFMG, realizam seminários e oficinas de diagnóstico participativo com a população. É a partir desse trabalho é que podem ser detectadas quais as principais necessidades de determinada comunidade e também quais os tipos de ferramentas tecnológicas que serão utilizadas para a capacitação de seus partícipes.

Depois de realizarem essa fase, os agentes multiplicadores - número não especificado pela coordenadora - oferecem aos grupos locais toda a assessoria necessária para a gestão e implementação dos projetos culturais nas comunidades. "O interessante é que cada comunidade se mobiliza e opina sobre aquilo que irão aprender", conta Regina Helena.

Como resultado dessas ações três redes comunitárias já foram criadas: a Rede Quilombo, que visa desenvolver possibilidades de reflexão para as comunidades que participam do Rede Lê; a Rede Escola Pública, na qual nove escolas trocam informações sobre os projetos sociais desenvolvidos por alunos e também pelos professores; e a Rede de Comunicação, em que os participantes da Rede Lê divulgam todos os eventos e iniciativas locais da comunidade.

A coordenadora do projeto enfatizada que a Rede Lê ainda é um projeto piloto, porém, em pouco tempo tem mostrado resultados surpreendentes. "Pretendemos ampliar as redes de capacitação para todo o estado e fazer com que todos se mobilizem em prol da inclusão digital", concluí Regina Helena.

 
 
 

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