Maconha
deixa direção das escolas baratinadas
A Folha
divulgou que uma das escolas de elite de São Paulo
-Vera Cruz- expulsou dois alunos, flagrados fumando maconha
dentro de suas instalações.
É
um problema que deixa desnorteados os educadores, conscientes
de que as drogas fazem parte do cotidiano escolar. Expulsar
significa marcar um indivíduo, jogando-o na marginalidade.
Mas permitir ou fechar os olhos para o uso de drogas é,
na prática, não impor limites - o que também
não é pedagógico, já que, no futuro,
o jovem terá que se adaptar às normas, ainda
mais rígidas, do mercado de trabalho.
O problema
é que, por mais que a escola desenvolva um trabalho
de prevenção (e são poucas as que desenvolvem),
pouco se conseguirá sem o envolvimento da família.
Muitos
jovens que abusam das drogas vêm de famílias
desestruturadas ou desatentas, nas quais não há
diálogo nem informação. Se é difícil
para duas pessoas (um pai e uma mãe) cuidar de um filho,
imagine para um professor cuidar de centenas de alunos.
O educador
sabe que, ao expulsar um aluno que abusa das drogas, talvez
preserve a escola, mas estará aprofundando o drama
de alguém que já é vítima, tornando-o
ainda mais refém de sua própria marginalidade.
PS:
Preparei um dossiê sobre drogas e educação,
está no site do Aprendiz: www.aprendiz.org.br
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