Natal
escasso e nacionalista
Tanto a indústria
quanto o comércio reduzirão as encomendas para o Natal.
É que a expectativa é de que as vendas sejam piores
ou, na melhor das hipóteses, iguais a do ano passado. Na
verdade, boa parte das empresas pretende até cortar pedidos.
O reflexo natural da desaceleração da economia foi
o aumento de estoques. Elas iniciaram este mês com volume
de estoques acima do esperado, acumulado de julho a setembro, em
razão das vendas fracas.
As crises energética
brasileira, da Argentina, a guerra e a insegurança do consumidor
diante do cenário econômico deixaram comerciantes e
industrias cautelosos na previsão do comportamento das vendas
de fim de ano. Entre os supermercadistas, por exemplo, 64% acreditam
em um consumidor moderado nas compras de Natal, enquanto 30% prevêem
uma postura ainda mais conservadora.
Além disso, eles pretendem encomendar uma quantia maior de
produtos nacionais em substituição aos importados,
que perderam espaço nas gôndolas das grandes redes
diante da disparada do dólar.
A alta do dólar
deve elevar em média entre 20% e 30% os preços dos
produtos importados típicos de fim de ano comercializados
em lojas especializadas e em grandes redes de supermercados. O reajuste,
na expectativa do varejo, deve reduzir as vendas ou no máximo
manter o resultado próximo ao do Natal do ano passado. A
persperctiva de que as vendas sejam equivalentes às do ano
anterior está vinculada ao fato de que o público de
maior poder aquisitivo, que costuma viajar para os Estados Unidos
neste período, este ano não saírá do
país, por receio dos desdobramentos dos ataques terroristas
e pela alta do dólar.
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Estoque
alto freia encomenda para o Natal
Dólar
eleva preços e deve reduzir consumo
Supermercados
cautelosos nas compras
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