Escolaridade
é fator determinante sobre a renda
A conclusão
não é inédita, mas o estudo sim. O Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério
do Orçamento, revela a falta que escolaridade faz para aumentar
a renda dos trabalhadores brasileiros. Os pesquisadores dividiram
a mão-de-obra nacional por anos de estudos acumulados, compararam
com a renda mensal e descobriram que o desnível escolar é
responsável por 40% das diferenças salariais no mercado
de trabalho.
Vale lembrar
que é um dos mais altos índices de desigualdade social
do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a defasagem salarial
entre a força de trabalho é 72% menor que a brasileira.
Segundo Ricardo Henriques, um dos autores da pesquisa, a coexistência
de salários muito desiguais significa que o Brasil perdeu
a corrida pela educação. Apesar do diploma não
ser sinônimo de emprego, a vida de quem tem diploma é
incomparavelmente melhor.
O Ipea comprovou
que os melhores salários migraram para os bolsos de poucos.
Graças a dados obtidos em pesquisas semelhantes - realizadas
nos anos 90 - foi possível até mesmo estimar o retorno
em dinheiro obtido com a permanência na escola. Na região
metropolitana de São Paulo, por exemplo, cada ano adicional
na faculdade corresponde a um aumento médio de 16% no salário.
Um ano a mais no 2º grau seria responsável por 12% de
abono no contracheque. No 1º grau, o impacto seria de 9%. Tendo
os Estados Unidos mais uma vez como referência, a valorização
acumulada em cada ano de escola é 60% maior no Brasil.
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