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bahia
15/12/2004
Campo Formoso leva prêmio de alfabetização

Campo Formoso a mais de 300 km de Salvador, foi surpreendida na semana passada com o anúncio dos vencedores do concurso Tecendo Leitura, da secretaria de Educação do Estado, que premia os melhores projetos de alfabetização da Bahia. Os dois trabalhos apresentados por professoras da cidade conquistaram o segundo e o terceiro lugar. A entrega do prêmio ocorreu em 10 de dezembro, e contou com a presença do governador do Estado, Paulo Souto.

“Não estava nem pensando no prêmio. Foi uma surpresa”, conta Gilderlane Alves Carvalho, autora do projeto "Leitura e Diversão". Na escola onde dá aulas, no povoado de Olaria, a professora tem à disposição uma única sala para 28 alunos de 1ª a 4ª série. “Enquanto eu ensino um grupo de uma série, eu dou tarefa para os demais”, explica.

Gilderlane dividiu a sala em grupos de acordo com a série dos alunos e distribuiu as tarefas entre eles. Para os mais novos, que não eram alfabetizados, ela trabalhou a descrição oral de gravuras e quadros. “Mostrava figuras e pedia que eles as descrevessem”. Depois, a professora trabalhou bastante ortografia. “Esse era um problema grave”, conta.

Já os mais velhos ficaram com a tarefa de desenvolver uma peça teatral. “Os alunos escolheram o livro da Bela Adormecida, e dele eles fizeram uma peça”. A apresentação do teatro infantil marcou o final do seu projeto, que começou em agosto e terminou em outubro. “Chamamos a comunidade para mostrar o trabalho das crianças”.

O projeto que conquistou o terceiro lugar, "Lendo e Aprendendo", das professoras Etelvina da Silva Vieira e Fabiana Alves Bonfim, procurou melhorar a articulação verbal dos alunos. Cada professora aplicou o projeto em sua comunidade. Etelvina em Lagoa do Mato, e Fabiana em Boi Morto. “A situação em Boi Morto é mais complicada porque os pais das crianças não têm nenhuma instrução e ficam fora todo o dia”, relata Etelvina.

Segundo ela, seu maior desafio foi vencer a falta de vontade dos alunos. Para isso, ela pediu que eles redigissem histórias que eram contadas pelos pais. “Trabalhei bastante a leitura para eles ganharem confiança e desenvoltura. Eles melhoraram bastante”. As duas professoras também enfrentam a falta de infra-estrutura. “Em uma única sala tenho alunos do pré-primário à 4ª série”.


As informações são do site Pnud Brasil.

   
 
 
 

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