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troca de experiências
28/10/2004
Quarta série de colégio particular promove lazer para comunidade carente

Veridiana Novaes

Alunos na faixa etária de 10 e 11 anos do Colégio Santa Maria, da zona sul, prepararam ontem, 27, um dia especial para 46 crianças de 6 a 14 anos do Centro Sócio-Educativo Santa Clara São Francisco, localizado no Jardim São Carlos, periferia da zona sul. Os estudantes contaram histórias e ofereceram um lanche comunitário para as crianças da comunidade. Essa iniciativa acontece há dois anos com todas as classes de quarta série do Santa Maria.

Segundo a professora Veronice Aparecida Leal Rocha, cada bimestre vai uma turma de quarta série visitar a comunidade. “As crianças se preocupam e querem sempre fazer o melhor. Já fizeram oficinas de bonecos e de brinquedos. O importante é os nossos alunos trocarem experiências e aprenderem a respeitar uma realidade diferente”, comenta.

Além de conhecer um “novo mundo”, Regina frisa que as crianças adquirem mais autonomia e responsabilidade. “Após as visitas, temos o cuidado de conversar com os alunos e saber a opinião de cada um sobre os acontecimentos”, ressalta a professora.

Conforme a educadora responsável pelo centro sócio – educativo, Berenice Inácio dos Santos, o trabalho realizado pelo colégio é importante, porque mostra que ninguém é superior a ninguém e é só uma questão de oportunidades. “Fica a sensação de que é preciso lutar, se esforçar para mudar de vida.”

As crianças dos bairros jardim São Carlos e São Jorge, zona sul, estavam cientes da visita e aguardavam ansiosas pelo dia. “Achei muito interessante e me senti muito bem porque gosto de histórias”, comenta Rógenis Pereira da Silva, 13 anos, freqüentador da entidade.

A aluna Aline Marjory Pereira, de 11 anos, se sentiu muito gratificada em levar uma atividade alegre e contrária à rotina das outras crianças. “Como repeti, é a segunda vez que faço a visita. Gosto da possibilidade de ajudar.”

Trabalhar inserção social com seus alunos é uma política interna do Colégio Santa Maria. “As freiras da congregação sempre tiveram a preocupação de promover o conhecimento do próximo e aprendizagens mútuas. Os nossos estudantes voltam com um novo olhar”, enfatiza a coordenadora da quarta série, Maria Luiza Sanches Callegari.

O trabalho do centro sócio-educativo também é muito importante na comunidade, porque impede jovens e crianças de ficarem perdidos nas ruas, ociosos, sem ter o que fazer. Com o apoio do Santa Maria, está sendo construída uma biblioteca que será inaugurada no dia 27 de novembro.

 
 
 

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