Leis
são insuficientes para conter o avanço de cybercrimes
Pesquisa realizada
pela McConnell International, consultoria que conduz a política
de Internet da ONU (Organizações das Nações
Unidas), adverte que a lei da maioria dos países é
insuficiente para deter o crime no cyberespaço. Segundo o
estudo, dos 52 países analisados, 33 ainda não haviam
atualizado seus códigos penais para lidar com nenhum crime
ligado ao uso dos computadores.
A maior parte
dos crimes apontados pela pesquisa está ligada a fraudes
financeiras, roubo de informações confidenciais de
empresas, proliferação de vírus e invasão
de sistemas. O único país que aprovou leis para todos
os crimes apresentados foi Filipinas, onde se originou o mais devastador
vírus de computador da história: o Vírus do
Amor.
"Qualquer
projeto de lei oriundo de uma convenção da ONU ou
UNESCO demora um ano ou mais para passar por todos as comissões
de aprovação", explica Roberto Mônaco,
coordenador da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A União
Européia, por exemplo, aprovou recentemente seu primeiro
projeto legislativo para combater o cybercrime. Entretanto, o projeto
ainda deve passar pelos 40 membros do Conselho da Europa e, depois,
ratificado pelos países membros. Ou seja, pelo menos um ano
passará até um combate mais efetivo.
De acordo com
estimativas da Interpol, os prejuízos atribuídos a
crimes de computador, só nos EUA, podem ultrapassar U$10
bilhões por ano. A instituição revela ainda
que esses dados podem aumentar, já que não há
como ter uma dimensão real do problema.
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