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09/09/2005
-
09h21
SANDRA BALBI
da Folha de S.Paulo
O Brasil ocupa a quinta posição entre os oito maiores países da América Latina no ranking sobre ética e sustentabilidade para os negócios elaborado pela Management & Excellence, de Madri.
O país perde para o Chile --considerado o mais ético e sustentável--, o México, a Argentina e o Peru. Empata com a Venezuela. Apenas Equador e Colômbia situam-se abaixo do Brasil no estudo da M&E. "O Brasil só está forte em governança corporativa, em que o governo Lula tem feito reformas", diz a empresa.
O quesito em que o Brasil obteve o pior desempenho foi no combate à corrupção, fazendo apenas 27% dos pontos considerados nessa questão. O Chile, o mais bem colocado, fez 95%.
No caso da corrupção, a M&E utiliza informações do Barômetro de Transparência Internacional e do Índice de Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional. Com base nesses dados, ela procurou verificar a percepção que a população de cada país tem sobre a corrupção local observando as seguintes áreas: partidos políticos, processo parlamentar, sistema legal e judiciário, setor privado, sistema tributário, serviços médicos, sistema educacional, forças armadas e ONGs.
A Management & Excellence, é uma empresa especializada na produção de estudos e "ratings" sobre ética e responsabilidade social corporativa e transparência em empresas de todo o mundo. O estudo divulgado ontem é a primeira classificação sobre ética e sustentabilidade naqueles países.
"Ética, como definida no estudo, é crucial para os empresários terem confiança em um sistema", explica William Cox, diretor da M&E. "Inflação baixa, alta escolaridade, sistemas democráticos de governo estão entre os casos de ética e sustentabilidade que analisamos e são pré-requisitos padrão para fazer negócios", diz Cox.
Na avaliação utilizada, com escala até 60 pontos, a empresa espanhola considera dados em áreas como governança corporativa, desempenho fiscal e econômico, performance social e em segurança, desempenho educacional e resultados no combate à corrupção para determinar a ética (bons programas de ação) e a sustentabilidade do país.
Segurança
O Brasil também perdeu pontos pela baixa performance obtida em desempenho social e segurança. O país ficou em último lugar nesse item, com 38% dos pontos, empatado com a Colômbia. O Chile, mais uma vez, é o país com a melhor performance, com 76% dos pontos considerados. Nessa área, a pesquisa busca refletir a qualidade de vida da população.
Questões como desemprego, expectativa de vida, pirataria de software, percepção da pobreza, criminalidade, acesso à informações e direitos humanos são considerados pela pesquisa.
"Um dos problemas que tornam o Brasil pouco competitivo para a atração de investimentos é que o país não respeita regras de formalidade, como a propriedade intelectual e o pagamento de impostos", observa André de Almeida, presidente do Fórum Nacional de Combate à Pirataria. Segundo ele, 70% dos computadores vendidos no país são contrabandeados e 65% dos softwares são pirateados.
Outro fator importante para a posição desfavorável do Brasil no ranking de ética e sustentabilidade para os negócios é a baixa qualidade da educação. Enquanto a vizinha Argentina obteve índice de 86% nesse quesito, o Brasil só conseguiu 43% --mesmo nível do Peru. O país só ficou acima da Colômbia e do Equador, que fizeram 29% dos pontos analisados.
Foram considerados os seguintes itens na questão educacional: número de alunos matriculados em escolas primárias e secundárias, gastos com educação, índice de alfabetização e proporção de alunos por professores.
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País está em 5º na AL em ética nos negócios
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da Folha de S.Paulo
O Brasil ocupa a quinta posição entre os oito maiores países da América Latina no ranking sobre ética e sustentabilidade para os negócios elaborado pela Management & Excellence, de Madri.
O país perde para o Chile --considerado o mais ético e sustentável--, o México, a Argentina e o Peru. Empata com a Venezuela. Apenas Equador e Colômbia situam-se abaixo do Brasil no estudo da M&E. "O Brasil só está forte em governança corporativa, em que o governo Lula tem feito reformas", diz a empresa.
O quesito em que o Brasil obteve o pior desempenho foi no combate à corrupção, fazendo apenas 27% dos pontos considerados nessa questão. O Chile, o mais bem colocado, fez 95%.
No caso da corrupção, a M&E utiliza informações do Barômetro de Transparência Internacional e do Índice de Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional. Com base nesses dados, ela procurou verificar a percepção que a população de cada país tem sobre a corrupção local observando as seguintes áreas: partidos políticos, processo parlamentar, sistema legal e judiciário, setor privado, sistema tributário, serviços médicos, sistema educacional, forças armadas e ONGs.
A Management & Excellence, é uma empresa especializada na produção de estudos e "ratings" sobre ética e responsabilidade social corporativa e transparência em empresas de todo o mundo. O estudo divulgado ontem é a primeira classificação sobre ética e sustentabilidade naqueles países.
"Ética, como definida no estudo, é crucial para os empresários terem confiança em um sistema", explica William Cox, diretor da M&E. "Inflação baixa, alta escolaridade, sistemas democráticos de governo estão entre os casos de ética e sustentabilidade que analisamos e são pré-requisitos padrão para fazer negócios", diz Cox.
Na avaliação utilizada, com escala até 60 pontos, a empresa espanhola considera dados em áreas como governança corporativa, desempenho fiscal e econômico, performance social e em segurança, desempenho educacional e resultados no combate à corrupção para determinar a ética (bons programas de ação) e a sustentabilidade do país.
Segurança
O Brasil também perdeu pontos pela baixa performance obtida em desempenho social e segurança. O país ficou em último lugar nesse item, com 38% dos pontos, empatado com a Colômbia. O Chile, mais uma vez, é o país com a melhor performance, com 76% dos pontos considerados. Nessa área, a pesquisa busca refletir a qualidade de vida da população.
Questões como desemprego, expectativa de vida, pirataria de software, percepção da pobreza, criminalidade, acesso à informações e direitos humanos são considerados pela pesquisa.
"Um dos problemas que tornam o Brasil pouco competitivo para a atração de investimentos é que o país não respeita regras de formalidade, como a propriedade intelectual e o pagamento de impostos", observa André de Almeida, presidente do Fórum Nacional de Combate à Pirataria. Segundo ele, 70% dos computadores vendidos no país são contrabandeados e 65% dos softwares são pirateados.
Outro fator importante para a posição desfavorável do Brasil no ranking de ética e sustentabilidade para os negócios é a baixa qualidade da educação. Enquanto a vizinha Argentina obteve índice de 86% nesse quesito, o Brasil só conseguiu 43% --mesmo nível do Peru. O país só ficou acima da Colômbia e do Equador, que fizeram 29% dos pontos analisados.
Foram considerados os seguintes itens na questão educacional: número de alunos matriculados em escolas primárias e secundárias, gastos com educação, índice de alfabetização e proporção de alunos por professores.
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