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15/09/2005
-
09h57
da Folha de S.Paulo
A Delta Airlines, a terceira maior aérea dos Estados Unidos, e a Northwest Airlines, a quinta maior, pediram concordata ontem, citando a alta dos preços dos combustíveis e a competição das empresas "econômicas".
Quatro das sete maiores aéreas americanas estão agora operando sob concordata, já que a United Airlines e a US Airways já haviam feito o pedido. Várias aéreas pequenas também estão na mesma situação nos Estados Unidos. Isso significa que cerca de metade dos lugares oferecidos em vôos domésticos nos EUA são operados por aéreas em concordata.
A US Airways, que está em concordata desde setembro do ano passado, anunciou ontem que seus credores aprovaram seu plano de reestruturação. A United está em concordata desde 2002.
A Delta anunciou que vai ter que demitir funcionários e cortar salários e benefícios a partir da próxima semana. A empresa obteve empréstimos de US$ 2,05 bilhões da General Electric e da American Express que permitem que ela continue operando, já que um dos problemas que levou à concordata da Delta foi a falta de dinheiro em caixa.
A Delta informou ainda que vai manter sua escala de vôos e que vai continuar como membro da aliança SkyTeam, mantendo suas relações bilaterais com outras aéreas e o programa de milhagem SkyMiles. A Delta opera vôos de São Paulo e do Rio de Janeiro para Atlanta.
O pedido de concordata da Delta já era esperado pelo mercado, e a própria aérea já havia dito que poderia ser obrigada a pedir falência por não ter dinheiro em caixa para pagar fornecedores e credores. Já o pedido da Northwest não era esperado tão cedo.
A competição de aéreas de baixo custo contribuiu para os problemas da Delta e da Northwest, que não conseguiam aumentar o preço das passagens para cobrir os custos maiores com combustível. "A indústria aérea mudou permanentemente", disse Douglas Steenland, presidente da Northwest.
"A ação que nós tomamos é o passo necessário e responsável para preservar o valor da Delta para nossos credores, clientes, funcionários, parceiros de negócios e outros interessados enquanto nós trabalhamos em nossos desafios financeiros e em assegurar nosso futuro", disse Gerald Grinstein, presidente da Delta. "Os problemas financeiros da Delta são enormes, mas de modo algum intransponíveis."
A Delta afirmou, nos papéis enviados ao tribunal de falências, que tem dívidas de US$ 28,3 bilhões e ativos de US$ 21,6 bilhões. Já a Northwest tem dívidas de US$ 17,9 bilhões e ativos de US$ 14,4 bilhões. A situação da Delta é considerada mais grave que a da Northwest por especialistas.
As duas aéreas preferiram pedir concordata antes de 17 de outubro, quando muda a lei de falências americana. A nova legislação dá menos poder à direção da empresa durante a reestruturação.
A concordata nos Estados Unidos, conhecida como Chapter 11, permite que a empresa continue operando enquanto negocia com seus credores, de modo semelhante à nova Lei de Falências brasileira. A empresa fica protegida de ações de seus credores durante o processo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Delta Airlines
Leia o que já foi publicado sobre a Northwest Airlines
Delta e Northwest pedem concordata
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A Delta Airlines, a terceira maior aérea dos Estados Unidos, e a Northwest Airlines, a quinta maior, pediram concordata ontem, citando a alta dos preços dos combustíveis e a competição das empresas "econômicas".
Quatro das sete maiores aéreas americanas estão agora operando sob concordata, já que a United Airlines e a US Airways já haviam feito o pedido. Várias aéreas pequenas também estão na mesma situação nos Estados Unidos. Isso significa que cerca de metade dos lugares oferecidos em vôos domésticos nos EUA são operados por aéreas em concordata.
A US Airways, que está em concordata desde setembro do ano passado, anunciou ontem que seus credores aprovaram seu plano de reestruturação. A United está em concordata desde 2002.
A Delta anunciou que vai ter que demitir funcionários e cortar salários e benefícios a partir da próxima semana. A empresa obteve empréstimos de US$ 2,05 bilhões da General Electric e da American Express que permitem que ela continue operando, já que um dos problemas que levou à concordata da Delta foi a falta de dinheiro em caixa.
A Delta informou ainda que vai manter sua escala de vôos e que vai continuar como membro da aliança SkyTeam, mantendo suas relações bilaterais com outras aéreas e o programa de milhagem SkyMiles. A Delta opera vôos de São Paulo e do Rio de Janeiro para Atlanta.
O pedido de concordata da Delta já era esperado pelo mercado, e a própria aérea já havia dito que poderia ser obrigada a pedir falência por não ter dinheiro em caixa para pagar fornecedores e credores. Já o pedido da Northwest não era esperado tão cedo.
A competição de aéreas de baixo custo contribuiu para os problemas da Delta e da Northwest, que não conseguiam aumentar o preço das passagens para cobrir os custos maiores com combustível. "A indústria aérea mudou permanentemente", disse Douglas Steenland, presidente da Northwest.
"A ação que nós tomamos é o passo necessário e responsável para preservar o valor da Delta para nossos credores, clientes, funcionários, parceiros de negócios e outros interessados enquanto nós trabalhamos em nossos desafios financeiros e em assegurar nosso futuro", disse Gerald Grinstein, presidente da Delta. "Os problemas financeiros da Delta são enormes, mas de modo algum intransponíveis."
A Delta afirmou, nos papéis enviados ao tribunal de falências, que tem dívidas de US$ 28,3 bilhões e ativos de US$ 21,6 bilhões. Já a Northwest tem dívidas de US$ 17,9 bilhões e ativos de US$ 14,4 bilhões. A situação da Delta é considerada mais grave que a da Northwest por especialistas.
As duas aéreas preferiram pedir concordata antes de 17 de outubro, quando muda a lei de falências americana. A nova legislação dá menos poder à direção da empresa durante a reestruturação.
A concordata nos Estados Unidos, conhecida como Chapter 11, permite que a empresa continue operando enquanto negocia com seus credores, de modo semelhante à nova Lei de Falências brasileira. A empresa fica protegida de ações de seus credores durante o processo.
Especial
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