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16/09/2005
-
17h21
da Folha Online
O presidente da SRA (Sociedade Rural Argentina), Luciano Miguens, reafirmou nesta sexta-feira sua recusa em aceitar o acordo firmado ontem entre o governo argentino e o setor de comercialização de carne bovina.
Miguens afirmou que o acordo é uma medida com vistas apenas ao curto prazo e pré-eleitorais e que experiências anteriores de controle de preços no país nunca tiveram êxito.
"A nós [produtores] não agrada muito porque temos experiências históricas que mostram que essas medidas não são favoráveis à regulamentação dos preços da carne", disse.
Quanto aos termos do acordo alcançado ontem, Miguens disse que "não se trata de uma boa medida porque vai contra a lei de oferta e demanda, que é a que forma os preços".
O governo argentino fez um acordo ontem com frigoríficos, empresas exportadoras e de supermercados do país para manter inalterado o preço da carne por 90 dias. O objetivo do governo é impedir que o preço da carne afete o índice de inflação de setembro.
Em agosto, o quilo da carne na argentina (sem discriminar por cortes específicos) ficou, em média, em 4,10 pesos (R$ 3,24). Segundo dados do governo argentino, a carne já acumula no ano alta de 11,3%, enquanto o índice geral da inflação acumula alta de 7,7%.
Miguens disse que medidas desse tipo podem afetar a qualidade do gado a ser colocado no mercado, porque "os animais melhores estão praticamente no mesmo nível que os piores" quanto a preços. "[Os operadores] buscarão outra forma de vender seus rebanhos" fora do Mercado de Liniers --maior centro de compra e venda de gado gordo da Argentina-- disse Miguens.
A menor quantidade de gado vendida em Liniers no momento se deve a fatores sazonais, disse Miguens, que acrescentou que os rebanhos precisam se recuperar do período do inverno e que os preços do gado se formam entre outubro e novembro.
Inflação
Setembro terá duas fontes importantes de pressão sobre os preços: produtos lácteos e roupas. Os produtos lácteos subiram na última semana de agosto e as roupas devem subir devido à troca de estação. O congelamento da carne teria a função de compensar esses aumentos.
A inflação tem sido uma das grandes preocupações do governo de Néstor Kirchner, que já tomou algumas medidas consideradas heterodoxas, como aumentar o imposto de exportação de lácteos para baixar os preços no mercado interno.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre inflação na Argentina
Produtores de gado na Argentina criticam congelamento de preços da carne
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O presidente da SRA (Sociedade Rural Argentina), Luciano Miguens, reafirmou nesta sexta-feira sua recusa em aceitar o acordo firmado ontem entre o governo argentino e o setor de comercialização de carne bovina.
Miguens afirmou que o acordo é uma medida com vistas apenas ao curto prazo e pré-eleitorais e que experiências anteriores de controle de preços no país nunca tiveram êxito.
"A nós [produtores] não agrada muito porque temos experiências históricas que mostram que essas medidas não são favoráveis à regulamentação dos preços da carne", disse.
Quanto aos termos do acordo alcançado ontem, Miguens disse que "não se trata de uma boa medida porque vai contra a lei de oferta e demanda, que é a que forma os preços".
O governo argentino fez um acordo ontem com frigoríficos, empresas exportadoras e de supermercados do país para manter inalterado o preço da carne por 90 dias. O objetivo do governo é impedir que o preço da carne afete o índice de inflação de setembro.
Em agosto, o quilo da carne na argentina (sem discriminar por cortes específicos) ficou, em média, em 4,10 pesos (R$ 3,24). Segundo dados do governo argentino, a carne já acumula no ano alta de 11,3%, enquanto o índice geral da inflação acumula alta de 7,7%.
Miguens disse que medidas desse tipo podem afetar a qualidade do gado a ser colocado no mercado, porque "os animais melhores estão praticamente no mesmo nível que os piores" quanto a preços. "[Os operadores] buscarão outra forma de vender seus rebanhos" fora do Mercado de Liniers --maior centro de compra e venda de gado gordo da Argentina-- disse Miguens.
A menor quantidade de gado vendida em Liniers no momento se deve a fatores sazonais, disse Miguens, que acrescentou que os rebanhos precisam se recuperar do período do inverno e que os preços do gado se formam entre outubro e novembro.
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Setembro terá duas fontes importantes de pressão sobre os preços: produtos lácteos e roupas. Os produtos lácteos subiram na última semana de agosto e as roupas devem subir devido à troca de estação. O congelamento da carne teria a função de compensar esses aumentos.
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