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20/09/2005
-
09h20
KENNEDY ALENCAR
CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo
O governo decidiu aguardar o retorno da viagem do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, à China para decidir se adota salvaguardas econômicas (tarifas adicionais) contra as importações do país. Avalizada depois pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão foi tomada em reunião na última quinta no Planalto.
Furlan se reúne nos dias 29 e 30 com o ministro do Comércio chinês, Bo Xilai, para tentar negociar restrições voluntárias de exportações chinesas para o Brasil.
A decisão do governo de negociar com Pequim antes de regulamentar as salvaguardas contraria os interesses da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que promete levar o caso ä Justiça se ao final das negociações o excesso de importações não for solucionado e o governo não publicar as salvaguardas.
De janeiro a abril, as importações da China aumentaram 58,3%. De tudo o que o Brasil compra daquele país, 94% são produtos manufaturados.
"Levaremos o caso à Justiça só como último recurso, porque se o governo não adotar as salvaguardas estará se omitindo e deixando de cumprir uma lei internacional, já que a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio) garante esse direito aos países", disse o diretor de Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.
Apesar da pressão do empresariado, especialmente o paulista, o governo achou prudente esperar que Furlan tente negociar um acordo com a China que evite as salvaguardas. Avaliou-se que a adoção antes da viagem significaria poderia prejudicar eventuais concessões.
Ontem, após a reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior), o governo prometeu dar o primeiro passo para adotar as salvaguardas, caso necessário, ou seja, publicar no "Diário Oficial" da União ainda nesta semana o decreto da entrada da China na OMC. Antes de formalizar o reconhecimento do país como membro daquela organização internacional, o governo não poder regulamentar as salvaguardas.
A reunião no Planalto foi coordenada pelo vice-presidente, José Alencar, interino na Presidência. Participaram os ministros da Fazenda, Antonio Palocci Filho, do Planejamento, Paulo Bernardo, da Casa Civil, Dilma Rousseff, o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, o chefe do Departamento Econômico do Itamaraty, Piragibe Tarragó, e o secretário-executivo da Camex, Mário Mugnaini.
Empresário do ramo têxtil há mais de 40 anos, Alencar recebeu no dia 14 uma carta que o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) enviara a Furlan pedindo adoção imediata das salvaguardas.
Alencar, porém, disse que achava prudente aguardar o retorno de Furlan para o Brasil eventualmente tomar essas medidas. Disse que sua empresa exportava para mais de 40 companhias chinesas e que era importante "aumentar a competitividade"da indústria brasileira.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre salvaguardas contra China
Planalto retarda ação contra asiáticos
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CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo
O governo decidiu aguardar o retorno da viagem do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, à China para decidir se adota salvaguardas econômicas (tarifas adicionais) contra as importações do país. Avalizada depois pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão foi tomada em reunião na última quinta no Planalto.
Furlan se reúne nos dias 29 e 30 com o ministro do Comércio chinês, Bo Xilai, para tentar negociar restrições voluntárias de exportações chinesas para o Brasil.
A decisão do governo de negociar com Pequim antes de regulamentar as salvaguardas contraria os interesses da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que promete levar o caso ä Justiça se ao final das negociações o excesso de importações não for solucionado e o governo não publicar as salvaguardas.
De janeiro a abril, as importações da China aumentaram 58,3%. De tudo o que o Brasil compra daquele país, 94% são produtos manufaturados.
"Levaremos o caso à Justiça só como último recurso, porque se o governo não adotar as salvaguardas estará se omitindo e deixando de cumprir uma lei internacional, já que a entrada da China na OMC (Organização Mundial do Comércio) garante esse direito aos países", disse o diretor de Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.
Apesar da pressão do empresariado, especialmente o paulista, o governo achou prudente esperar que Furlan tente negociar um acordo com a China que evite as salvaguardas. Avaliou-se que a adoção antes da viagem significaria poderia prejudicar eventuais concessões.
Ontem, após a reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior), o governo prometeu dar o primeiro passo para adotar as salvaguardas, caso necessário, ou seja, publicar no "Diário Oficial" da União ainda nesta semana o decreto da entrada da China na OMC. Antes de formalizar o reconhecimento do país como membro daquela organização internacional, o governo não poder regulamentar as salvaguardas.
A reunião no Planalto foi coordenada pelo vice-presidente, José Alencar, interino na Presidência. Participaram os ministros da Fazenda, Antonio Palocci Filho, do Planejamento, Paulo Bernardo, da Casa Civil, Dilma Rousseff, o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, o chefe do Departamento Econômico do Itamaraty, Piragibe Tarragó, e o secretário-executivo da Camex, Mário Mugnaini.
Empresário do ramo têxtil há mais de 40 anos, Alencar recebeu no dia 14 uma carta que o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) enviara a Furlan pedindo adoção imediata das salvaguardas.
Alencar, porém, disse que achava prudente aguardar o retorno de Furlan para o Brasil eventualmente tomar essas medidas. Disse que sua empresa exportava para mais de 40 companhias chinesas e que era importante "aumentar a competitividade"da indústria brasileira.
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