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22/09/2005
-
12h18
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A fabricante japonesa de aparelhos eletrônicos Sony anunciou nesta quinta-feira que irá cortar cerca de 6% de sua força de trabalho no mundo todo, fechar 11 fábricas e eliminar 15 operações que não dão lucro como parte de um plano de reestruturação.
Segundo analistas, o atual plano é apenas uma continuação do que a empresa já vinha fazendo antes da substituição no cargo de Nobuyuki Idei, que esteve na presidência do grupo por dez anos, pelo britânico Howard Stringer --primeiro presidente estrangeiro da história da empresa.
Stringer, por sua vez, reconheceu que a "estratégia básica" não mudou, mas que a diferença está em que as decisões na empresa serão agora tomadas mais rapidamente, com um compromisso mais definido para implementar suas ações.
"Fizemos promessas antes, mas falhamos em executá-las", disse Stringer, em Tóquio.
Sob o plano de reestruturação, que pretende reduzir os custos da empresa em US$ 1,79 bilhão até o fim de março de 2008, a Sony irá cortar 4.000 funcionários no Japão e 6.000 em outros países. O número de fábricas irá cair de 65 para 54. A Sony emprega mais de 151 mil funcionários no mundo todo.
A Sony registrou prejuízo em seu setor de eletrônicos por dois anos fiscais seguidos. Hoje, a empresa revisou para baixo sua expectativa para o ano fiscal até março de 2006 para um prejuízo líquido de US$ 89,6 milhões, revertendo uma expectativa de lucro do mesmo montante. A empresa cita os custos do atual plano de reestruturação para explicar a perda.
Concorrência
A Sony tem enfrentado concorrência cada vez mais acirrada de outras fabricantes de aparelhos eletrônicos, como a Samsung Electronics, que oferecem preços menores. A empresa tem dependido cada vez mais de sua divisão de filmes, como os dois da série "Homem-Aranha", e dos video-games PlayStation para se manter lucrativa nos últimos anos.
A empresa tem perdido participação nos mercados de produtos como TVs com telas de plasma e cristal líquido para marcas como a Sharp e para a Matsushita Electric Industrial, que fabrica os aparelhos da marca Panasonic.
O iPod, da Apple Computer, também vem afetando a Sony. O iPod tem conquistado grande parte do mercado no Japão, enquanto a Sony mantém-se fiel aos CD players e a aparelhos que executam arquivos digitais de música com formato proprietário.
O chefe da divisão de aparelhos eletrônicos, Ryoji Chubachi, reconheceu que a empresa não tem fabricado os aparelhos que as pessoas querem e que perdeu a dianteira tecnológica que mantinha.
A Sony terá ainda que reduzir, ou mesmo eliminar, 15 categorias de negócios. Chubachi não especificou quais são os negócios que serão afetados, mas disse que a divisão de robôs Aibo será reduzida e não serão desenvolvidos novos produtos da marca Qualia.
A empresa negou, no entanto, os rumores veiculados pela imprensa japonesa de que irá vender sua divisão financeira, que inclui bancos e seguros. Chubachi disse ainda que a empresa vem fazendo progresso na reconquista de seu mercado consumidor com produtos como a TV de tela plana Bravia, desenvolvida com a Samsung. "Definitivamente, sentimos que a recuperação está a caminho", disse.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Sony
Sony vai cortar 10 mil empregos no mundo e fechar 11 fábricas
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da Folha Online
A fabricante japonesa de aparelhos eletrônicos Sony anunciou nesta quinta-feira que irá cortar cerca de 6% de sua força de trabalho no mundo todo, fechar 11 fábricas e eliminar 15 operações que não dão lucro como parte de um plano de reestruturação.
Segundo analistas, o atual plano é apenas uma continuação do que a empresa já vinha fazendo antes da substituição no cargo de Nobuyuki Idei, que esteve na presidência do grupo por dez anos, pelo britânico Howard Stringer --primeiro presidente estrangeiro da história da empresa.
Stringer, por sua vez, reconheceu que a "estratégia básica" não mudou, mas que a diferença está em que as decisões na empresa serão agora tomadas mais rapidamente, com um compromisso mais definido para implementar suas ações.
"Fizemos promessas antes, mas falhamos em executá-las", disse Stringer, em Tóquio.
Sob o plano de reestruturação, que pretende reduzir os custos da empresa em US$ 1,79 bilhão até o fim de março de 2008, a Sony irá cortar 4.000 funcionários no Japão e 6.000 em outros países. O número de fábricas irá cair de 65 para 54. A Sony emprega mais de 151 mil funcionários no mundo todo.
A Sony registrou prejuízo em seu setor de eletrônicos por dois anos fiscais seguidos. Hoje, a empresa revisou para baixo sua expectativa para o ano fiscal até março de 2006 para um prejuízo líquido de US$ 89,6 milhões, revertendo uma expectativa de lucro do mesmo montante. A empresa cita os custos do atual plano de reestruturação para explicar a perda.
Concorrência
A Sony tem enfrentado concorrência cada vez mais acirrada de outras fabricantes de aparelhos eletrônicos, como a Samsung Electronics, que oferecem preços menores. A empresa tem dependido cada vez mais de sua divisão de filmes, como os dois da série "Homem-Aranha", e dos video-games PlayStation para se manter lucrativa nos últimos anos.
A empresa tem perdido participação nos mercados de produtos como TVs com telas de plasma e cristal líquido para marcas como a Sharp e para a Matsushita Electric Industrial, que fabrica os aparelhos da marca Panasonic.
O iPod, da Apple Computer, também vem afetando a Sony. O iPod tem conquistado grande parte do mercado no Japão, enquanto a Sony mantém-se fiel aos CD players e a aparelhos que executam arquivos digitais de música com formato proprietário.
O chefe da divisão de aparelhos eletrônicos, Ryoji Chubachi, reconheceu que a empresa não tem fabricado os aparelhos que as pessoas querem e que perdeu a dianteira tecnológica que mantinha.
A Sony terá ainda que reduzir, ou mesmo eliminar, 15 categorias de negócios. Chubachi não especificou quais são os negócios que serão afetados, mas disse que a divisão de robôs Aibo será reduzida e não serão desenvolvidos novos produtos da marca Qualia.
A empresa negou, no entanto, os rumores veiculados pela imprensa japonesa de que irá vender sua divisão financeira, que inclui bancos e seguros. Chubachi disse ainda que a empresa vem fazendo progresso na reconquista de seu mercado consumidor com produtos como a TV de tela plana Bravia, desenvolvida com a Samsung. "Definitivamente, sentimos que a recuperação está a caminho", disse.
Com agências internacionais
Especial
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