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27/09/2005 - 15h48

Administrador anuncia leilão de carteiras de crédito do Banco Santos

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da Folha Online

O administrador da massa falida do Banco Santos e diretor licenciado do Banco Central, Vânio Aguiar, afirmou hoje que estuda leiloar a carteira de crédito de pessoa física do banco, que teve falência decretada no último dia 20.

Segundo ele, o plano de ação da administração judicial está sendo concluído e deve ser submetido à Justiça até o fim de novembro.

A atual carteira de pessoa física corresponde, segundo ele, a 15 mil clientes e a um volume financeiro de R$ 5 milhões. Fazem parte da carteira: crédito consignado, cartões de crédito, empréstimos a funcionários, crédito ao consumidor, entre outros.

A carteira de pessoa jurídica que, de acordo com Aguiar, é dez vezes maior que a carteira de pessoa física e corresponde a pelo menos 750 clientes, também pode ser leiloada.

"A carteira de pessoa jurídica tem um valor não muito expressivo, mas tem valor importante porque o que interessa na alienação de carteiras é você recuperar mais rapidamente o que você poderia recuperar em dez anos", afirmou.

Os recursos obtidos com o leilão das carteiras devem ser utilizados para pagar os credores do Banco Santos, que tem um rombo avaliado pelo BC em R$ 2,2 bilhões.

Falência

O processo que levou à falência do Banco Santos começou em 12 de novembro do ano passado, quando o Banco Central decretou a intervenção na instituição financeira.

Após descobrir que a situação financeira do banco vinha se deteriorando rapidamente e que o déficit patrimonial (diferença entre dívidas e os bens e créditos) seria de R$ 700 milhões, o BC afastou Edemar Cid Ferreira e então diretores do controle da instituição e nomeou Aguiar.

Sua responsabilidade seria apurar possíveis irregularidades cometidas por dirigentes da instituição e levantar informações necessárias para que fosse decidido seu futuro.

Na época, os correntistas do banco tiveram saques limitados a R$ 20 mil para contas à vista e cadernetas de poupança. Os demais recursos ficariam bloqueados à espera de que fosse encontrada uma solução para a instituição financeira.

No entanto, as novas informações obtidas pelo interventor levaram o BC a recalcular o rombo na instituição, que seria de R$ 2,2 bilhões, e não de R$ 700 milhões.

Diante desse novo quadro, o interventor e representantes dos antigos controladores do Banco Santos não foram capazes de elaborar um plano que permitisse sua reabertura --que poderia incluir a venda de seus ativos e agências para outra instituição financeira, por exemplo. Com isso, o BC decidiu decretar a liquidação da instituição no último dia 4 de maio.

Como o BC, além da insuficiência patrimonial, também divulgou ter encontrado indícios de crime contra o sistema financeiro nas contas do Banco Santos, havia as condições necessárias para o requerimento da falência do banco, decretada hoje pela Justiça.

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