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28/09/2005 - 15h49

Gasto com educação consome 13,6% do orçamento das famílias, diz FGV

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

As famílias que têm filhos que estudam na rede privada gastam 13,6% de seu orçamento com educação, revela estudo elaborado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Os primeiros resultados da pesquisa "Números do Ensino Privado no Brasil" foram apresentados ontem no 3º Congresso Rio de Educação promovido pelo Sinepe (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino), mas só deverá ser publicado na segunda quinzena de novembro.

Segundo Salomão Quadros, autor do estudo, o objetivo é mostrar a dinâmica econômica do ensino privado. O setor representa 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), equivalente a R$ 20,6 bilhões. O ensino privado no Brasil conta com 10 milhões de alunos, sem contar os que freqüentam cursos livres, como os de idiomas.

O levantamento da FGV considerou dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do IBGE e da FGV.
Existem no país 210.094 estabelecimentos de ensino. Deste total, 16,8% são da rede privada, o equivalente a 35.200 escolas.

O número de pessoas ocupadas no setor de ensino privado no país é de 660 mil, o que corresponde a cerca de 1% da população ocupada. "Este número pode estar um pouco subestimado porque os dados são extraídos do Censo e das atualizações com a Pnad, pode haver um total ainda maior de pessoas empregadas no setor", afirmou Quadros. A remuneração média no setor é de R$ 915,28, superior em 25% aos salários nas escolas públicas.

A despesa média das famílias com educação no país é de 5,74%, de acordo com a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) da FGV, que abrange 12 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Curitiba, Florianópolis, Brasília, Fortaleza, Belém e Goiânia.

No caso das famílias que têm filhos na rede privada, o percentual sobe
para 13,6%. Os gastos variam também de acordo com a faixa de renda. Famílias com renda até R$ 400 gastam menos de 1% da renda com educação. Neste caso, ao invés de mensalidades, o que pesa no orçamento são os gastos com material escolar. Nas famílias com renda superior a R$ 6.000, as despesas com educação chegam a 7% da renda, incluindo educação formal, ensino básico, superior e cursos livres.

Saturação

O estudo revela que o Estado do Rio de Janeiro tem a maior proporção de escolas privadas no país: 37,58% dos estabelecimentos são particulares, entre creches, escolas e universidades. "Interessa ao setor privado verificar a hipótese de uma possível saturação do setor. Já está havendo competição predatória", afirma Quadros.

A participação dos estabelecimentos privados na região Sudeste é de 28,72% e no Brasil, de 16,75%.
 

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