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30/09/2005
-
17h32
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A missão brasileira que foi à China negociar um acordo de autolimitação das vendas de produtos chineses ao Brasil não conseguiu resultados concretos. Uma nova reunião deverá ocorrer em breve, segundo relatou o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) a sua assessoria de imprensa.
Embora não tenha conseguido um acordo definitivo, o ministro não qualificou a viagem à China como um fracasso.
"Desde o começo nós tínhamos em mente que não iríamos a Pequim para assinar qualquer acordo. Nós buscamos um acordo que fosse importante e ao mesmo tempo positivo paro o lado brasileiro. Como não chegamos ao ponto que queríamos, preferimos deixar isso para uma segunda etapa", disse.
Segundo ele, 80% do trabalho já está concluído, em especial nos produtos das áreas de têxteis e confecções. Mas há outros entraves, como a divergência sobre as estatísticas, que não coincidem.
Ele reafirmou ainda aos chineses que a futura regulamentação das salvaguardas é um direito brasileiro que não pode ser interpretado como um gesto de ofensa. Para o ministro, ainda assim um acordo é melhor para o Brasil porque pode ser utilizado no curto prazo, enquanto há todo um processo para aplicação de salvaguardas.
"O que deixamos claro é que se não conseguirmos levar adiante um acordo, o caminho provável poderá ser a questão da utilização das salvaguardas. Mas nós pretendemos esgotar primeiramente a busca de um acordo antes da utilização das salvaguardas", avalia.
Com o instrumento de salvaguardas, o Brasil poderá impor um limite de importação a um determinado produto chinês ou cobrar uma taxa extra se for comprovado que essa importação afeta a indústria nacional.
Um dos motivos que atrapalhou o avanço nas negociações é o fato de na próxima semana ser feriado na China. Os técnicos de ambos os lados trocarão propostas escritas até um novo encontro entre Furlan e o ministro do Comércio chinês, Bo Xilai.
Furlan lembrou ainda que no caso das negociações do país asiático com os EUA, a China já está na quinta reunião.
"Essas coisas não se resolvem de um momento para outro. Negociação é uma prática de muita paciência e ao mesmo tempo de busca de convergências e não de ressaltar divergências."
Além das negociações na área comercial, Furlan esteve reunido com o ministro Ma Kai, que cuida da área de desenvolvimento e reformas. O ministro brasileiro acredita que pode ocorrer colaboração entre os dois países nas áreas software, tecnologia de informação e comunicação, etanol e minérios.
Outro tema tratado nas reuniões está ligado ao setor de siderurgia.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a viagem de Furlan à China
Furlan volta ao Brasil sem acordo definitivo com a China
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da Folha Online, em Brasília
A missão brasileira que foi à China negociar um acordo de autolimitação das vendas de produtos chineses ao Brasil não conseguiu resultados concretos. Uma nova reunião deverá ocorrer em breve, segundo relatou o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) a sua assessoria de imprensa.
Embora não tenha conseguido um acordo definitivo, o ministro não qualificou a viagem à China como um fracasso.
"Desde o começo nós tínhamos em mente que não iríamos a Pequim para assinar qualquer acordo. Nós buscamos um acordo que fosse importante e ao mesmo tempo positivo paro o lado brasileiro. Como não chegamos ao ponto que queríamos, preferimos deixar isso para uma segunda etapa", disse.
Segundo ele, 80% do trabalho já está concluído, em especial nos produtos das áreas de têxteis e confecções. Mas há outros entraves, como a divergência sobre as estatísticas, que não coincidem.
Ele reafirmou ainda aos chineses que a futura regulamentação das salvaguardas é um direito brasileiro que não pode ser interpretado como um gesto de ofensa. Para o ministro, ainda assim um acordo é melhor para o Brasil porque pode ser utilizado no curto prazo, enquanto há todo um processo para aplicação de salvaguardas.
"O que deixamos claro é que se não conseguirmos levar adiante um acordo, o caminho provável poderá ser a questão da utilização das salvaguardas. Mas nós pretendemos esgotar primeiramente a busca de um acordo antes da utilização das salvaguardas", avalia.
Com o instrumento de salvaguardas, o Brasil poderá impor um limite de importação a um determinado produto chinês ou cobrar uma taxa extra se for comprovado que essa importação afeta a indústria nacional.
Um dos motivos que atrapalhou o avanço nas negociações é o fato de na próxima semana ser feriado na China. Os técnicos de ambos os lados trocarão propostas escritas até um novo encontro entre Furlan e o ministro do Comércio chinês, Bo Xilai.
Furlan lembrou ainda que no caso das negociações do país asiático com os EUA, a China já está na quinta reunião.
"Essas coisas não se resolvem de um momento para outro. Negociação é uma prática de muita paciência e ao mesmo tempo de busca de convergências e não de ressaltar divergências."
Além das negociações na área comercial, Furlan esteve reunido com o ministro Ma Kai, que cuida da área de desenvolvimento e reformas. O ministro brasileiro acredita que pode ocorrer colaboração entre os dois países nas áreas software, tecnologia de informação e comunicação, etanol e minérios.
Outro tema tratado nas reuniões está ligado ao setor de siderurgia.
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