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07/10/2005 - 10h14

Economia americana fecha 35 mil postos de trabalho em setembro

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

A economia americana não apenas não gerou empregos em setembro como registrou o fechamento de 35 mil postos de trabalho, devido aos estragos causados no sul do país com a passagem de dois furacões, informou nesta sexta-feira o Departamento do Trabalho dos EUA.

A conseqüência mais imediata do fechamento nos empregos foi o aumento no índice de desemprego no país no mês passado, para 5,1%. Foi também o maior recuo no número de empregos no país desde abril de 2003, quando foram fechados 54 mil postos de trabalho --à época a economia do país ainda patinava com os efeitos da recessão de 2001.

O furacão Katrina que atingiu o país no fim de agosto, foi o grande responsável pelo cenário negativo do mercado de trabalho no mês passado. Os efeitos do furacão Rita, por sua vez, foram ínfimos, segundo o departamento. O impacto da passagem do Rita deve ser sentido nos dados sobre mercado de trabalho referentes a outubro, segundo analistas.

Mesmo com o cenário negativo, o resultado ficou acima do esperado pelos economistas: a expectativa era de que a queda no número de empregos tivesse ficado entre 150 mil e 200 mil. O índice de desemprego também ficou dentro da expectativa de 5% dos analistas.

Katrina

O furacão Katrina devastou principalmente a cidade de Nova Orleans, no Estado da Louisiana (sul dos EUA), em agosto, mas causou muitos prejuízos também nos Estados do Mississippi e do Alabama. O Katrina destruiu casas e estabelecimentos comerciais por onde passou.

O Rita causou prejuízos principalmente à produção das refinarias no Texas e também das plataformas petrolíferas no golfo do México.

Os dados de agosto ainda não levavam em conta os efeitos do Katrina, uma vez que o furacão atingiu o país apenas no fim do mês. Até então, havia sinais de que o mercado de trabalho ia bem antes do impacto dos furacões: foram criados 211 mil empregos em agosto, depois de um aumento de 277 mil postos de trabalho em julho (dados revisados).

Impacto dos furacões

O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Alan Greenspan, disse na semana passada que irá vigiar de perto a economia americana para avaliar o impacto que a passagem dos furacões terá nos indicadores.

Em comunicado divulgado no último dia 20 (quando o Fed elevou sua taxa de juros pela 11ª vez consecutiva para 3,75% ao ano), o banco declarou que a produção no país parecia "posicionada para continuar crescendo em um bom ritmo antes da tragédia do furacão Katrina".

Segundo o banco, a destruição causada pelo Katrina à produção de petróleo e derivados, e o conseqüente impulso nos preços da energia, terão efeitos no curto prazo.

Apesar disso, no entanto, o Fed declarou que esses "desenvolvimentos infelizes não imporão uma ameaça mais persistente" à economia americana.

Com agências internacionais

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