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11/10/2005
-
17h32
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
União Européia, Chile, Paraguai, África do Sul, Israel e Rússia já decretaram embargo à compra de carne brasileira após a descoberta de um foco de febre aftosa no município sul-matogrossense de Eldorado.
Segundo o Ministério da Agricultura, o embargo da UE, que tem 25 países-membros, vale para a carne produzida nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
O governo também confirmou o embargo de Israel e da África do Sul para a carne de todo o país. O Ministério informou ainda desconhecer a dimensão dos embargos adotados por Rússia, Chile e Paraguai porque ainda não recebeu a notificação oficial.
O governo russo, no entanto, divulgou medida bastante severa. O país, um dos principais importadores de carne brasileira, proibiu não apenas a compra da carne bovina como também de suínos, frango, animais vivos, leite e demais produtos lácteos, ração a base de proteína animal e qualquer equipamento que tenha sido utilizado no processamente de carnes do Mato Grosso do Sul. Já o governo paraguaio proibiu a entrada de bovinos, suínos, carne fresca e lácteos.
Pronunciamento
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, gravou nesta tarde pronunciamento que vai ao ar em cadeia de rádio e televisão nesta noite. Ele vai falar sobre as medidas que estão sendo tomadas para conter um possível avanço da aftosa no país.
O foco da doença foi descoberto na fazenda Vezozzo. Após a confirmação da aftosa em 140 animais, foram adotados procedimentos de emergência, incluindo a interdição da propriedade e coleta de material, que resultou na identificação do vírus tipo O. As medidas sanitárias incluíram o sacrifício de todos os 582 animais da propriedade.
O ministério também interditou a fazenda, inspecionou as propriedades rurais em um raio de 25 km e realizou a investigação epidemiológica para identificar a origem do foco.
Além das ações já aplicadas, o ministério implantou postos de fiscalização e aplicação de medidas de biossegurança, com restrição do ingresso na propriedade, exceto aos profissionais e funcionários que trabalham no caso e inspeção clínica de todos os animais.
Por último, o ministério comunicou a ocorrência da doença à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) em Paris, ao Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa), aos países vizinhos e aos países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial.
Os governos estaduais de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás também já proibiram a entrada de gado e carnes provenientes do Mato Grosso do Sul.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a febre aftosa
União Européia e mais 5 países embargam carne brasileira por aftosa
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da Folha Online, em Brasília
União Européia, Chile, Paraguai, África do Sul, Israel e Rússia já decretaram embargo à compra de carne brasileira após a descoberta de um foco de febre aftosa no município sul-matogrossense de Eldorado.
Segundo o Ministério da Agricultura, o embargo da UE, que tem 25 países-membros, vale para a carne produzida nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo.
O governo também confirmou o embargo de Israel e da África do Sul para a carne de todo o país. O Ministério informou ainda desconhecer a dimensão dos embargos adotados por Rússia, Chile e Paraguai porque ainda não recebeu a notificação oficial.
O governo russo, no entanto, divulgou medida bastante severa. O país, um dos principais importadores de carne brasileira, proibiu não apenas a compra da carne bovina como também de suínos, frango, animais vivos, leite e demais produtos lácteos, ração a base de proteína animal e qualquer equipamento que tenha sido utilizado no processamente de carnes do Mato Grosso do Sul. Já o governo paraguaio proibiu a entrada de bovinos, suínos, carne fresca e lácteos.
Pronunciamento
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, gravou nesta tarde pronunciamento que vai ao ar em cadeia de rádio e televisão nesta noite. Ele vai falar sobre as medidas que estão sendo tomadas para conter um possível avanço da aftosa no país.
O foco da doença foi descoberto na fazenda Vezozzo. Após a confirmação da aftosa em 140 animais, foram adotados procedimentos de emergência, incluindo a interdição da propriedade e coleta de material, que resultou na identificação do vírus tipo O. As medidas sanitárias incluíram o sacrifício de todos os 582 animais da propriedade.
O ministério também interditou a fazenda, inspecionou as propriedades rurais em um raio de 25 km e realizou a investigação epidemiológica para identificar a origem do foco.
Além das ações já aplicadas, o ministério implantou postos de fiscalização e aplicação de medidas de biossegurança, com restrição do ingresso na propriedade, exceto aos profissionais e funcionários que trabalham no caso e inspeção clínica de todos os animais.
Por último, o ministério comunicou a ocorrência da doença à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) em Paris, ao Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa), aos países vizinhos e aos países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial.
Os governos estaduais de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás também já proibiram a entrada de gado e carnes provenientes do Mato Grosso do Sul.
Especial
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