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14/10/2005
-
09h43
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
As vendas no comércio varejista completaram 21 meses seguidos de crescimento na comparação com igual mês do ano anterior. Em agosto, a expansão foi de 6,47% em relação a agosto de 2004.
Na comparação com julho, porém, houve queda de 0,38%. Segundo o IBGE, a queda pode ser justificada pelo arrefecimento do crédito no meio do ano, que ainda registra expansão mas a taxas menores. O recuo foi o primeiro dos últimos seis meses nessa comparação.
Segundo o economista do IBGE Reinaldo Pereira, a análise dos dados revela sinais de desaceleração nos próximos meses. "Há uma tendência de redução no ritmo do comércio. Se essa tendência se confirmar, isto terá ocorrido por conta da desaceleração do crédito", disse.
A atividade onde o impacto foi mais visível em agosto foi tecidos, vestuário e calçados, que registrou queda de 2,37%. As vendas de móveis e eletrodomésticos, que sustentaram a expansão do comércio ao longo do ciclo de expansão das vendas, cresceram apenas 0,03% na comparação com julho.
A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 0,53% em relação a julho. Esta atividade tem forte peso na estrutura do índice e é mais dependente de renda do que de crédito. Segundo Pereira, o desempenho está relacionado à melhora da renda pelo terceiro mês seguido.
Os combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 1,42% em relação ao mês anterior. O aumento foi motivado por um curto período de estabilidade de preços. A pesquisa captou dados referentes ao período anterior ao aumento dos combustíveis, anunciado em setembro.
A análise das vendas em relação a agosto do ano passado mostra um quadro positivo, com destaque para móveis e eletrodomésticos (+16,61%) e para equipamento e material para escritório, informática e comunicação, influenciado pela taxa de câmbio mais favorável à importação (+63,76%).
Segundo o IBGE, a expansão das vendas por 21 meses seguidos pode ser atribuída à inflação sob controle, à queda do dólar, à manutenção do nível de emprego e renda e à expansão do crédito --embora apresente arrefecimento na margem.
As vendas cresceram em 24 das 27 unidades da federação em agosto na comparação com igual mês do ano passado. As maiores altas foram registradas em Tocantins (49,40%) e Paraíba (38,59%). Em São Paulo a alta foi de 4,10% e no Rio de Janeiro, de 4,46%.
Metodologia
A PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) é realizada mensalmente pelo IBGE em todo o país. Para mensurar o desempenho do setor, o IBGE apura a receita bruta de revenda das empresas varejistas formais com 20 ou mais pessoas ocupadas. Ao todo, são 9 mil informantes em todo o país.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as vendas no comércio
Vendas no comércio crescem pelo 21º mês
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da Folha Online, no Rio
As vendas no comércio varejista completaram 21 meses seguidos de crescimento na comparação com igual mês do ano anterior. Em agosto, a expansão foi de 6,47% em relação a agosto de 2004.
Na comparação com julho, porém, houve queda de 0,38%. Segundo o IBGE, a queda pode ser justificada pelo arrefecimento do crédito no meio do ano, que ainda registra expansão mas a taxas menores. O recuo foi o primeiro dos últimos seis meses nessa comparação.
Segundo o economista do IBGE Reinaldo Pereira, a análise dos dados revela sinais de desaceleração nos próximos meses. "Há uma tendência de redução no ritmo do comércio. Se essa tendência se confirmar, isto terá ocorrido por conta da desaceleração do crédito", disse.
A atividade onde o impacto foi mais visível em agosto foi tecidos, vestuário e calçados, que registrou queda de 2,37%. As vendas de móveis e eletrodomésticos, que sustentaram a expansão do comércio ao longo do ciclo de expansão das vendas, cresceram apenas 0,03% na comparação com julho.
A atividade de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve alta de 0,53% em relação a julho. Esta atividade tem forte peso na estrutura do índice e é mais dependente de renda do que de crédito. Segundo Pereira, o desempenho está relacionado à melhora da renda pelo terceiro mês seguido.
Os combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 1,42% em relação ao mês anterior. O aumento foi motivado por um curto período de estabilidade de preços. A pesquisa captou dados referentes ao período anterior ao aumento dos combustíveis, anunciado em setembro.
A análise das vendas em relação a agosto do ano passado mostra um quadro positivo, com destaque para móveis e eletrodomésticos (+16,61%) e para equipamento e material para escritório, informática e comunicação, influenciado pela taxa de câmbio mais favorável à importação (+63,76%).
Segundo o IBGE, a expansão das vendas por 21 meses seguidos pode ser atribuída à inflação sob controle, à queda do dólar, à manutenção do nível de emprego e renda e à expansão do crédito --embora apresente arrefecimento na margem.
As vendas cresceram em 24 das 27 unidades da federação em agosto na comparação com igual mês do ano passado. As maiores altas foram registradas em Tocantins (49,40%) e Paraíba (38,59%). Em São Paulo a alta foi de 4,10% e no Rio de Janeiro, de 4,46%.
Metodologia
A PMC (Pesquisa Mensal de Comércio) é realizada mensalmente pelo IBGE em todo o país. Para mensurar o desempenho do setor, o IBGE apura a receita bruta de revenda das empresas varejistas formais com 20 ou mais pessoas ocupadas. Ao todo, são 9 mil informantes em todo o país.
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