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24/10/2005
-
09h15
MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse ontem que a pecuária brasileira "paga o preço da desídia [desleixo, preguiça] do governo federal" com os casos de aftosa em Mato Grosso do Sul e as suspeitas sobre o rebanho do Paraná.
Segundo ele, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, deixou os Estados desamparados. "O governo federal descurou [descuidou] do problema, e o resultado está aí."
O governador disse que há três anos o Paraná não recebe verba federal para sanidade animal e que tudo o que foi investido no período saiu do caixa estadual.
O Estado não registra casos da doença há dez anos. Segundo Requião, a presença do vírus em quatro fazendas paranaenses "é uma possibilidade consistente".
Há 19 animais de quatro propriedades com sintomas. Eles foram comprados de fazendas de Eldorado (MS), onde se confirmou o primeiro foco no Estado vizinho no dia 10. O resultado das análises sai entre hoje e amanhã.
Ontem, Requião disse que mantém a decisão da semana passada de recusar R$ 1,5 milhão anunciado como socorro do Ministério da Agricultura ao combate à aftosa.
"Não vou aceitar essa participação simulada do governo federal. Se quiserem passar um recurso consistente, o Paraná aceita."
O orçamento de 2006 prevê recursos de R$ 27 milhões em defesa animal e vegetal, R$ 1 milhão a mais do que previsto para 2005.
Procurado, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, informou que não daria entrevistas.
Desde sexta passada, quatro cidades --Maringá, Loanda, Amaporã e Grandes Rios-- foram declaradas como áreas de risco sanitário. O trânsito de animais e derivados está proibido e é fiscalizado por barreiras. Outra medida do governo estadual foi suspender todo evento que implique reunião de animais, como feiras agropecuárias. Os 635 animais retidos em exposição de Toledo --no oeste do Estado--, no dia 10 deste mês, continuam em quarentena.
Há cinco animais da região infectada de Mato Grosso do Sul nesse rebanho. Não há nenhum indício, porém, de que a aftosa também tenha chegado ali.
As suspeitas se restringem às 19 cabeças de bois com sintomas da doença em fazendas das cidades submetidas a bloqueio sanitário.
Parte desses animais era do plantel de 983 cabeças que passou pela Eurozebu, feira agropecuária ocorrida em Londrina no início do mês. O gado foi levado para as fazendas dos compradores ou voltou à origem antes do alerta do surto de aftosa de Mato Grosso do Sul. Esses animais estão sendo rastreados. Inclusive os de São Paulo. O Estado levou à feira 37 animais de três cidades (Itapetininga, São Carlos e Restinga).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a febre aftosa
PR acusa governo federal por suspeita de aftosa
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da Agência Folha, em Curitiba
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), disse ontem que a pecuária brasileira "paga o preço da desídia [desleixo, preguiça] do governo federal" com os casos de aftosa em Mato Grosso do Sul e as suspeitas sobre o rebanho do Paraná.
Segundo ele, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, deixou os Estados desamparados. "O governo federal descurou [descuidou] do problema, e o resultado está aí."
O governador disse que há três anos o Paraná não recebe verba federal para sanidade animal e que tudo o que foi investido no período saiu do caixa estadual.
O Estado não registra casos da doença há dez anos. Segundo Requião, a presença do vírus em quatro fazendas paranaenses "é uma possibilidade consistente".
Há 19 animais de quatro propriedades com sintomas. Eles foram comprados de fazendas de Eldorado (MS), onde se confirmou o primeiro foco no Estado vizinho no dia 10. O resultado das análises sai entre hoje e amanhã.
Ontem, Requião disse que mantém a decisão da semana passada de recusar R$ 1,5 milhão anunciado como socorro do Ministério da Agricultura ao combate à aftosa.
"Não vou aceitar essa participação simulada do governo federal. Se quiserem passar um recurso consistente, o Paraná aceita."
O orçamento de 2006 prevê recursos de R$ 27 milhões em defesa animal e vegetal, R$ 1 milhão a mais do que previsto para 2005.
Procurado, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, informou que não daria entrevistas.
Desde sexta passada, quatro cidades --Maringá, Loanda, Amaporã e Grandes Rios-- foram declaradas como áreas de risco sanitário. O trânsito de animais e derivados está proibido e é fiscalizado por barreiras. Outra medida do governo estadual foi suspender todo evento que implique reunião de animais, como feiras agropecuárias. Os 635 animais retidos em exposição de Toledo --no oeste do Estado--, no dia 10 deste mês, continuam em quarentena.
Há cinco animais da região infectada de Mato Grosso do Sul nesse rebanho. Não há nenhum indício, porém, de que a aftosa também tenha chegado ali.
As suspeitas se restringem às 19 cabeças de bois com sintomas da doença em fazendas das cidades submetidas a bloqueio sanitário.
Parte desses animais era do plantel de 983 cabeças que passou pela Eurozebu, feira agropecuária ocorrida em Londrina no início do mês. O gado foi levado para as fazendas dos compradores ou voltou à origem antes do alerta do surto de aftosa de Mato Grosso do Sul. Esses animais estão sendo rastreados. Inclusive os de São Paulo. O Estado levou à feira 37 animais de três cidades (Itapetininga, São Carlos e Restinga).
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