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27/10/2005
-
15h27
CLARICE SPITZ
da Folha Online
As divergências políticas entre Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) atingiram o auge hoje. Durante entrevista coletiva em São Paulo, diretores das duas entidades apresentaram análises diferentes sobre os dados da atividade industrial paulista e ironizaram um a opinião do outro.
As duas associações de empresários divulgam o INA (Indicador do Nível de Atividade) mensalmente com a presença de representantes de ambas as entidades. Hoje, no entanto, a troca de farpas entre o diretor do departamento de economia do Ciesp, Boris Tabacof, e o diretor do departamento de economia da Fiesp, Paulo Francini, chegou a constranger os cerca de 15 jornalistas presentes.
A entrevista foi marcada por interrupções. Contrariado, em um momento da entrevista, Francini chegou a se retirar da mesa. Ao final, ele disse que havia discordâncias entre as duas associações que seriam resolvidas.
Durante a apresentação, o diretor da Fiesp informou que o índice de atividade da indústria deve terminar o ano com crescimento de 4%, estimando um PIB mais próximo de 3% em 2005. Já Tabacof espera por um crescimento da atividade industrial de no máximo 3%.
Mesmo com previsão de menor atividade, Tabacof afirmou que os acordos salariais fechados no segundo semestre devem trazer um efeito positivo sobre a massa salarial, o que deve aumentar a demanda. Francini disse que não vê efeitos desse movimento, que considera habitual na época do ano, e que não devem ter impactos sobre a indústria.
Ao final, Tabacof fez críticas ao próprio índice que, segundo ele, ainda é impreciso por não captar os níveis de estoques.
As divergências entre o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) já causaram um racha na divulgação de índices separados de nível de emprego para a indústria paulista.
Essa é a primeira vez que o Fiesp e o Ciesp têm presidentes que não pertenceram à mesma chapa nas eleições. O Ciesp é presidido por Cláudio Vaz e a Fiesp, por Paulo Skaf.
Nos primeiros meses após a eleição, além de uma certa competição interna, os dois executivos mostraram inclinações políticas diferentes. Enquanto Vaz é mais ligado ao PSDB, Skaf mostrou-se próximo do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Skaf, no entanto, mantém críticas à política econômica do governo, principalmente aos juros altos, e discordou enfaticamente da demora de Lula em regulamentar as salvaguardas contra a China.
Diretores da Fiesp e Ciesp trocam farpas em entrevista em SP
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da Folha Online
As divergências políticas entre Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) atingiram o auge hoje. Durante entrevista coletiva em São Paulo, diretores das duas entidades apresentaram análises diferentes sobre os dados da atividade industrial paulista e ironizaram um a opinião do outro.
As duas associações de empresários divulgam o INA (Indicador do Nível de Atividade) mensalmente com a presença de representantes de ambas as entidades. Hoje, no entanto, a troca de farpas entre o diretor do departamento de economia do Ciesp, Boris Tabacof, e o diretor do departamento de economia da Fiesp, Paulo Francini, chegou a constranger os cerca de 15 jornalistas presentes.
A entrevista foi marcada por interrupções. Contrariado, em um momento da entrevista, Francini chegou a se retirar da mesa. Ao final, ele disse que havia discordâncias entre as duas associações que seriam resolvidas.
Durante a apresentação, o diretor da Fiesp informou que o índice de atividade da indústria deve terminar o ano com crescimento de 4%, estimando um PIB mais próximo de 3% em 2005. Já Tabacof espera por um crescimento da atividade industrial de no máximo 3%.
Mesmo com previsão de menor atividade, Tabacof afirmou que os acordos salariais fechados no segundo semestre devem trazer um efeito positivo sobre a massa salarial, o que deve aumentar a demanda. Francini disse que não vê efeitos desse movimento, que considera habitual na época do ano, e que não devem ter impactos sobre a indústria.
Ao final, Tabacof fez críticas ao próprio índice que, segundo ele, ainda é impreciso por não captar os níveis de estoques.
As divergências entre o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) já causaram um racha na divulgação de índices separados de nível de emprego para a indústria paulista.
Essa é a primeira vez que o Fiesp e o Ciesp têm presidentes que não pertenceram à mesma chapa nas eleições. O Ciesp é presidido por Cláudio Vaz e a Fiesp, por Paulo Skaf.
Nos primeiros meses após a eleição, além de uma certa competição interna, os dois executivos mostraram inclinações políticas diferentes. Enquanto Vaz é mais ligado ao PSDB, Skaf mostrou-se próximo do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Skaf, no entanto, mantém críticas à política econômica do governo, principalmente aos juros altos, e discordou enfaticamente da demora de Lula em regulamentar as salvaguardas contra a China.
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