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27/10/2005 - 18h48

Webjet enfrenta dificuldades com guerra tarifária e sem clientes

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JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio

O presidente da WebJet, Rogério Ottoni, afirmou hoje que a empresa adiou seus planos de expansão em razão da guerra tarifária entre companhias aéreas.

A empresa pretendia adicionar mais uma aeronave e contratar mais 100 pessoas até o fim do ano. Ottoni não tem previsão de novas contratações e crê que a nova aeronave só deve chegar em janeiro. O empresário destacou, no entanto, que não pretende fazer cortes.

"Não vou conseguir porque o mercado ficou extremamente cauteloso pelo que aconteceu com outras companhias aéreas", disse. E acrescentou: "Não há nenhuma restrição quanto à nossa operação em nenhum segmento do mercado. As outras empresas não são, no entanto, exatamente torcedoras de um crescimento da WebJet e cada uma montou sua estratégia", disse.

Segundo Ottoni, a WebJet foi atingida por uma guerra tarifária com a redução do preço das demais companhias ao patamar do da WebJet. "A reação das grandes empresas foi enorme. Isso vai atrasar nosso crescimento", disse.

Sobre o desempenho da empresa, Ottoni afirmou que não há empresa aérea que consiga obter lucro no segundo mês após ter sido criada. A WebJet começou a operar em 12 de julho.

Nesta semana, a WebJet parou de voar por dois dias seguidos, na terça e na quarta-feira por falta de passageiros. Esta não é a primeira vez que a companhia aérea recorre ao expediente de comunicar ao DAC (Departamento de Aviação Civil) e cancelar vôos para driblar a baixa taxa de ocupação.

Na próxima terça-feira, a empresa inaugura uma nova rota para Salvador, mas vai interromper a rota para Belo Horizonte. Segundo Ottoni, desde o cancelamento a procura voltou a subir.

Segundo Ottoni, o balcão médio tarifário está subindo muito. Quando a empresa opta por cancelar um vôo, toma a decisão com antecedência. "Sempre fiz isso e sempre vou fazer. Não é uma coisa que o passageiro chegue no aeroporto e descubra que não vai voar", disse. Ele esclareceu, no entanto, que não há previsão de uma nova paralisação.

De acordo com Ottoni, de início a empresa tinha uma operação que precisava ser lançada com compra direta. Hoje, cada vez mais a empresa aposta nas agências de viagens. Atualmente duas mil empresas estão cadastradas, mas existem 700 empresas preparadas para emitir bilhetes.
 

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