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07/11/2005
-
13h19
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A nova proposta da TAP para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) desagradou os credores da Varig, que estão reunidos em assembléia hoje no Rio. Pela proposta, a TAP ficará com as duas empresas por US$ 62 milhões. Desse total, US$ 42 milhões virão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e US$ 20 milhões sairão da TAP.
O advogado do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Álvaro Quintão, disse que a proposta apresentada hoje é completamente diferente daquela que foi aprovada na última assembléia de credores da Varig. "A TAP não quer entrar com nada e quer ficar com tudo. Não ficou claro ainda quais são as garantias da TAP."
Entre as críticas está a solução que será implantada caso o valor de avaliação da VarigLog e VEM supere os US$ 62 milhões. Pela proposta inicial, a diferença seria coberta pela TAP e BNDES. Na nova proposta, a Varig terá 30 dias para encontrar um investidor interessado em pagar mais que US$ 62 milhões pelos ativos. E se isso ocorrer, a TAP terá direito a receber uma indenização de US$ 12,5 milhões.
"Essa proposta não faz sentido. A TAP paga num primeiro momento US$ 20 milhões para levar duas empresas. Se aparecer alguém querendo pagar mais, ela [TAP] leva US$ 12,5 milhões de indenização? A metade do que ela está pagando?", diz Quintão.
Outro problema refere-se à falta de comprometimento da TAP com a segunda etapa do processo, que envolve a reestruturação da Varig. O advogado diz que os credores querem um compromisso da TAP com a próxima etapa. "Toda essa operação tem um objetivo: salvar a Varig. A VEM e VarigLog estão sendo vendidas para recuperar a Varig. Esse é o objetivo da venda dos ativos."
Também há divergências em relação às garantias apresentadas pela TAP para conseguir o empréstimo do BNDES para comprar a VarigLog e VEM. "A Varig e BNDES disseram que a TAP foi a única a apresentar garantias. Mas essas garantias envolveriam um fundo desconhecido em Macau", afirmou Quintão.
Segundo ele, a assembléia de credores prossegue com muitas divergências. Apesar do descontentamento com a proposta, os credores estariam sendo pressionados a aceitar a oferta, pois a Varig tem urgência para injetar dinheiro em caixa e pagar as dívidas com empresas de leasing. E o dinheiro da venda da VarigLog e VEM entraria ainda amanhã numa conta vinculada da Varig.
Na quarta-feira haverá uma audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que recebeu pedidos das empresas de leasing para retomar as aeronaves arrendadas para a Varig. Nessa audiência, administradores da Varig, BNDES e TAP tentarão convencer o juiz sobre o potencial de recuperação da aérea brasileira e evitar que o juiz derrube a liminar que impede o arresto dos aviões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a crise na Varig
Nova proposta da TAP desagrada credores da Varig
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da Folha Online
A nova proposta da TAP para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) desagradou os credores da Varig, que estão reunidos em assembléia hoje no Rio. Pela proposta, a TAP ficará com as duas empresas por US$ 62 milhões. Desse total, US$ 42 milhões virão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e US$ 20 milhões sairão da TAP.
O advogado do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Álvaro Quintão, disse que a proposta apresentada hoje é completamente diferente daquela que foi aprovada na última assembléia de credores da Varig. "A TAP não quer entrar com nada e quer ficar com tudo. Não ficou claro ainda quais são as garantias da TAP."
Entre as críticas está a solução que será implantada caso o valor de avaliação da VarigLog e VEM supere os US$ 62 milhões. Pela proposta inicial, a diferença seria coberta pela TAP e BNDES. Na nova proposta, a Varig terá 30 dias para encontrar um investidor interessado em pagar mais que US$ 62 milhões pelos ativos. E se isso ocorrer, a TAP terá direito a receber uma indenização de US$ 12,5 milhões.
"Essa proposta não faz sentido. A TAP paga num primeiro momento US$ 20 milhões para levar duas empresas. Se aparecer alguém querendo pagar mais, ela [TAP] leva US$ 12,5 milhões de indenização? A metade do que ela está pagando?", diz Quintão.
Outro problema refere-se à falta de comprometimento da TAP com a segunda etapa do processo, que envolve a reestruturação da Varig. O advogado diz que os credores querem um compromisso da TAP com a próxima etapa. "Toda essa operação tem um objetivo: salvar a Varig. A VEM e VarigLog estão sendo vendidas para recuperar a Varig. Esse é o objetivo da venda dos ativos."
Também há divergências em relação às garantias apresentadas pela TAP para conseguir o empréstimo do BNDES para comprar a VarigLog e VEM. "A Varig e BNDES disseram que a TAP foi a única a apresentar garantias. Mas essas garantias envolveriam um fundo desconhecido em Macau", afirmou Quintão.
Segundo ele, a assembléia de credores prossegue com muitas divergências. Apesar do descontentamento com a proposta, os credores estariam sendo pressionados a aceitar a oferta, pois a Varig tem urgência para injetar dinheiro em caixa e pagar as dívidas com empresas de leasing. E o dinheiro da venda da VarigLog e VEM entraria ainda amanhã numa conta vinculada da Varig.
Na quarta-feira haverá uma audiência com o juiz Robert Drain, da Corte de Nova York, que recebeu pedidos das empresas de leasing para retomar as aeronaves arrendadas para a Varig. Nessa audiência, administradores da Varig, BNDES e TAP tentarão convencer o juiz sobre o potencial de recuperação da aérea brasileira e evitar que o juiz derrube a liminar que impede o arresto dos aviões.
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