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08/11/2005 - 12h03

Juros na Europa e nos EUA e tumultos na França afetam câmbio entre dólar e euro

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O nível de juros nos EUA --em trajetória ascendente há mais de um ano-- e na Europa --estacionado no mesmo patamar há mais de dois anos--, combinado ao efeito dos tumultos na França nos últimos dias, fez o euro atingir seu menor valor frente ao dólar em dois anos.

O euro chegou a ser negociado nesta terça-feira a US$ 1,1711 --menor desde novembro de 2003. Às 11h58 (em Brasília), a moeda européia estava cotada a US$ 1,1739. Para efeito de comparação, o euro havia registrado seu valor mais alto em relação ao dólar no dia 30 de dezembro do ano passado, quando chegou a ser comercializado a US$ 1,3667.

Na França, após 12 noites consecutivas de distúrbios, o governo decidiu permitir que as regiões [cerca de 300, entre bairros, distritos e cidades] afetadas pela violência iniciada nos subúrbios de Paris no último dia 27 imponham toque de recolher para tentar conter a violência.

Na noite de ontem, manifestantes atacaram e incendiaram mais de mil veículos em várias regiões do país, e cerca de 300 pessoas foram presas, de acordo com o jornal francês "Libération".

"Os tumultos na França não estão ajudando o euro", disse o chefe do setor de pesquisa de mercado de câmbio do Mellon Bank, Ian Gunner.

Segundo o analista, os tumultos na França afetam um mercado já inseguro devido à possibilidade de uma alta de juros na Europa. O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, disse durante reunião de ministros das Finanças europeus que o BCE (Banco Central Europeu) "não deveria tomar decisões apressadas" sobre sua taxa de juros.

O BCE (Banco Central Europeu) manteve na semana passada sua taxa de juros inalterada, em 2%. Os juros na zona do euro vêm sendo mantidos neste patamar há mais de dois anos. Uma alta de juros na zona do euro, no momento em que a economia vem apresentando um avanço lento, pode comprometer a recuperação dos países da região, disseram ministros no encontro.

Nos EUA, por sua vez, os juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano) subiram para 4% ao ano na semana passada, mantendo a trajetória de alta em que entrou desde junho de 2004, para conter a alta da inflação nos EUA. Com as altas de juros, a tendência para o dólar é de se valorizar.

Com agências internacionais

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