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11/11/2005 - 12h35

Greve de fiscais agropecuários ameaça produção de eletroeletrônicos

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da Folha Online

A greve dos fiscais agropecuários, iniciada na última segunda-feira, já começa a prejudicar a entrada de produtos importados no país. O pólo industrial de Manaus, por exemplo, ameaça paralisar a produção de eletroeletrônicos a partir da próxima semana por falta de componentes importados, segundo a Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).

O problema, de acordo com a entidade, a greve suspendeu centenas de processos de importação nos portos e aeroportos do país. Além disso, a Eletros informa que os fiscais não estão liberando a entrada de nenhuma carga que chega de outro país.

Segundo a Eletros, as indústrias da região estão enfrentando dificuldade para abastecer suas linhas de montagem com peças importadas. "Sem o fornecimento de insumos, as indústrias do setor poderão desativar temporariamente algumas linhas de produção", disse Paulo Saab, presidente da Eletros.

Os segmentos mais prejudicados são os de imagem e som, que ameaçam paralisar a produção de aparelhos de TV e de DVD.

Segundo a Eletros, algumas empresas já entraram com mandado de segurança para liberar as mercadorias.

O fator agravante, segundo Saab, é que a linha de imagem e som vem registrando expressivo crescimento de vendas este ano, o que reduziu o estoque de peças importadas. Por isso algumas reduziram o ritmo de produção, que estava a todo vapor para atender as encomendas de final de ano.

"Paralisar a produção, no período que concentra o maior volume de vendas do setor, poderá implicar em sérios prejuízos para o setor e comprometer o desempenho de 2005", disse Saab.

Os meses de outubro e novembro respondem por 20% das vendas totais do ano, segundo a Eletros. Estima-se que o prejuízo provocado pela dificuldade de entrada de importados tenha superado US$ 210 milhões.

Balanço da Anffa (Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários) mostra que o desembaraço de importados atinge outras regiões do país. Só no Porto de Santos há 130,16 mil toneladas de mercadorias paradas, entre importação e exportação.

No Espírito Santo, os portos do Espírito Santo não deram andamento aos processos relacionados ao trânsito internacional de produtos de origem vegetal, totalizando 30.797 toneladas. Vinte carretas, contendo cerca de 400 mil litros de destilado alcoólico simples de melaço (base para fabricação de rum) importado, estão retidas no porto de Capuaba. Na área animal, 300 toneladas de leite em pó e leite deixaram de ser importados.

Nas fronteiras do Mato Grosso do Sul estão parados mais de 200 vagões de trem, sete caminhões com produtos de origem vegetal e 35 caminhões com produtos de origem animal.

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