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11/11/2005
-
17h01
da Folha Online
O dólar fechou em queda pelo décimo dia seguido e já se aproxima dos R$ 2,16. A baixa hoje foi de 0,23%, para R$ 2,164 na venda --menor valor desde abril de 2001. Em dez dias, a divisa acumula desvalorização de 5,54%. Na semana, recuou 1,8%.
Com o forte fluxo de recursos em direção ao Brasil, as atuações do Banco Central não têm impedido a queda do dólar. A instituição vem realizando leilão para a aquisição da divisa diariamente. Hoje, segundo operadores, a autoridade monetária aceitou 20 propostas de compra e a pagou no máximo R$ 2,162 por dólar.
Além das captações e das exportações, colaboram com a entrada de capitais no país os juros altos e a queda do risco-país. A taxa básica (Selic) brasileira está em 19% ao ano, bem superior, por exemplo, do que a dos EUA, de 4% ao ano.
O risco-país brasileiro --termômetro da confiança dos estrangeiros na capacidade de o Brasil honrar suas dívidas-- está em 349 pontos, o que significa uma queda de 3,6% no mês, até ontem. Hoje, por conta do feriado nos EUA (Dia do Veterano), não teve cotação do indicador.
Com a oportunidade de obterem rendimentos maiores, os investidores tomam dinheiro emprestado a juros mais baixos no exterior e aplicam os recursos no Brasil, o que pressiona o câmbio para baixo.
Para Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora, os instrumentos que o Banco Central dispõe no momento para conter a queda do dólar, tecnicamente, "são paliativos".
Segundo ele, só existem duas maneiras de interromper a tendência de queda do dólar.
"A primeira é o aumento natural da demanda por parte das empresas com compromissos vincendos até o final do ano, aproveitando o pico de baixa. A segunda, algo mais remoto neste momento, é a queda forte da taxa Selic, reduzindo substancialmente a taxa real de juro da nossa economia. Leilões e 'swaps' não solucionam o problema, causam volatilidade, e isto não ajuda na realização de negócios na área do comércio exterior por não gerar estabilidade de preço", avalia.
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Dólar fecha a R$ 2,164 e já acumula queda de 5,54% em 10 dias
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O dólar fechou em queda pelo décimo dia seguido e já se aproxima dos R$ 2,16. A baixa hoje foi de 0,23%, para R$ 2,164 na venda --menor valor desde abril de 2001. Em dez dias, a divisa acumula desvalorização de 5,54%. Na semana, recuou 1,8%.
Com o forte fluxo de recursos em direção ao Brasil, as atuações do Banco Central não têm impedido a queda do dólar. A instituição vem realizando leilão para a aquisição da divisa diariamente. Hoje, segundo operadores, a autoridade monetária aceitou 20 propostas de compra e a pagou no máximo R$ 2,162 por dólar.
Além das captações e das exportações, colaboram com a entrada de capitais no país os juros altos e a queda do risco-país. A taxa básica (Selic) brasileira está em 19% ao ano, bem superior, por exemplo, do que a dos EUA, de 4% ao ano.
O risco-país brasileiro --termômetro da confiança dos estrangeiros na capacidade de o Brasil honrar suas dívidas-- está em 349 pontos, o que significa uma queda de 3,6% no mês, até ontem. Hoje, por conta do feriado nos EUA (Dia do Veterano), não teve cotação do indicador.
Com a oportunidade de obterem rendimentos maiores, os investidores tomam dinheiro emprestado a juros mais baixos no exterior e aplicam os recursos no Brasil, o que pressiona o câmbio para baixo.
Para Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora, os instrumentos que o Banco Central dispõe no momento para conter a queda do dólar, tecnicamente, "são paliativos".
Segundo ele, só existem duas maneiras de interromper a tendência de queda do dólar.
"A primeira é o aumento natural da demanda por parte das empresas com compromissos vincendos até o final do ano, aproveitando o pico de baixa. A segunda, algo mais remoto neste momento, é a queda forte da taxa Selic, reduzindo substancialmente a taxa real de juro da nossa economia. Leilões e 'swaps' não solucionam o problema, causam volatilidade, e isto não ajuda na realização de negócios na área do comércio exterior por não gerar estabilidade de preço", avalia.
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