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23/11/2005
-
16h48
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A Varig iniciou a segunda etapa do processo de reformulação da sua estrutura administrativa. O novo presidente da companhia, Marcelo Bottini, nomeou hoje dois funcionários de carreira para as diretorias de vendas e de operação de vôo.
O comandante Marcus Prata foi promovido a diretor de operação de vôo, cargo que era acumulado por Miguel Dau que pediu ontem para se afastar da vice-presidência técnica e operacional.
Para a diretoria de vendas foi nomeado Carlos de Oliveira Muzzio, que era gerente comercial da Varig para a Europa, África, Ásia e Oriente Médio. Muzzio ocupará o lugar de Bottini, que também acumulava a vice-presidência comercial da Varig.
Com a promoção de Bottini a presidente e a saída de Dau, a Varig eliminou de sua estrutura o cargo de vice-presidente. Agora, os diretores passam a se reportar diretamente a Bottini e ao conselho da Varig, presidido por Humberto Rodrigues Filho.
A primeira etapa desse processo foi iniciada na semana passada, quando a Fundação Ruben Berta (FRB), que detém 87% da Varig, afastou David Zylbersztajn e o time de notáveis contratados em maio do comando da empresa. No lugar de executivos prestigiados pelo mercado, a Fundação preferiu colocar funcionários de carreira, como Bottini e Rodrigues Filho, que conhecem de perto os problemas da Varig.
TAP
Os credores esperam agora que o novo time da Varig foi formado, a companhia dê andamento ao processo de recuperação. Os novos administradores da Varig têm assuntos emergenciais a resolver, como a liberação do empréstimo de US$ 40 milhões prometido pela estatal aérea portuguesa TAP à antiga gestão.
A TAP sinalizou que o empréstimo poderia ser congelado. "O adiantamento por conta dos recebíveis faz parte da proposta apresentada [pela TAP] à Varig. Apenas se aguarda que a nova administração da Varig nos contate para saber o que pretendem", disse o diretor de comunicação da TAP, António Monteiro.
Além disso, os credores também querem discutir antecipadamente alterações no plano de recuperação, que será votado no dia 19 de dezembro. O presidente do fundo de pensão Aerus, Odilon Junqueira, disse que sem essa aproximação entre a Varig e os credores o plano corre o risco de não ser aprovado.
Demissões
Os trabalhadores, que também são credores, conseguiram uma liminar na Justiça para suspender a demissão de 156 pilotos, anunciada na semana passada por Zylbersztajn. O plano prevê a demissão de 13% da folha de pagamento da Varig, Rio Sul e Nordeste, composta por 12 mil funcionários.
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, disse que as demissões precisam respeitar o acordo fechado com a Varig no ano passado. "Tem que dar espaço para aqueles que querem sair da companhia, depois para os aposentados e em seguida para os aposentáveis."
Para uma frota de 63 aeronaves, a Varig possui 1.695 pilotos, o que dá uma média de 26,9 comandantes por avião. Na TAM, são 12,96 pilotos por avião --972 comandantes e co-pilotos para uma frota de 75 aviões em operação.
Baggio, entretanto, disse que o quadro da Varig está adequado para a frota da companhia. "A tripulação de vôos internacionais precisa ser maior. A Varig faz mais vôos internacionais que as outras companhias."
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Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
Varig define nova diretoria e privilegia funcionários de carreira
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da Folha Online
A Varig iniciou a segunda etapa do processo de reformulação da sua estrutura administrativa. O novo presidente da companhia, Marcelo Bottini, nomeou hoje dois funcionários de carreira para as diretorias de vendas e de operação de vôo.
O comandante Marcus Prata foi promovido a diretor de operação de vôo, cargo que era acumulado por Miguel Dau que pediu ontem para se afastar da vice-presidência técnica e operacional.
Para a diretoria de vendas foi nomeado Carlos de Oliveira Muzzio, que era gerente comercial da Varig para a Europa, África, Ásia e Oriente Médio. Muzzio ocupará o lugar de Bottini, que também acumulava a vice-presidência comercial da Varig.
Com a promoção de Bottini a presidente e a saída de Dau, a Varig eliminou de sua estrutura o cargo de vice-presidente. Agora, os diretores passam a se reportar diretamente a Bottini e ao conselho da Varig, presidido por Humberto Rodrigues Filho.
A primeira etapa desse processo foi iniciada na semana passada, quando a Fundação Ruben Berta (FRB), que detém 87% da Varig, afastou David Zylbersztajn e o time de notáveis contratados em maio do comando da empresa. No lugar de executivos prestigiados pelo mercado, a Fundação preferiu colocar funcionários de carreira, como Bottini e Rodrigues Filho, que conhecem de perto os problemas da Varig.
TAP
Os credores esperam agora que o novo time da Varig foi formado, a companhia dê andamento ao processo de recuperação. Os novos administradores da Varig têm assuntos emergenciais a resolver, como a liberação do empréstimo de US$ 40 milhões prometido pela estatal aérea portuguesa TAP à antiga gestão.
A TAP sinalizou que o empréstimo poderia ser congelado. "O adiantamento por conta dos recebíveis faz parte da proposta apresentada [pela TAP] à Varig. Apenas se aguarda que a nova administração da Varig nos contate para saber o que pretendem", disse o diretor de comunicação da TAP, António Monteiro.
Além disso, os credores também querem discutir antecipadamente alterações no plano de recuperação, que será votado no dia 19 de dezembro. O presidente do fundo de pensão Aerus, Odilon Junqueira, disse que sem essa aproximação entre a Varig e os credores o plano corre o risco de não ser aprovado.
Demissões
Os trabalhadores, que também são credores, conseguiram uma liminar na Justiça para suspender a demissão de 156 pilotos, anunciada na semana passada por Zylbersztajn. O plano prevê a demissão de 13% da folha de pagamento da Varig, Rio Sul e Nordeste, composta por 12 mil funcionários.
A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, disse que as demissões precisam respeitar o acordo fechado com a Varig no ano passado. "Tem que dar espaço para aqueles que querem sair da companhia, depois para os aposentados e em seguida para os aposentáveis."
Para uma frota de 63 aeronaves, a Varig possui 1.695 pilotos, o que dá uma média de 26,9 comandantes por avião. Na TAM, são 12,96 pilotos por avião --972 comandantes e co-pilotos para uma frota de 75 aviões em operação.
Baggio, entretanto, disse que o quadro da Varig está adequado para a frota da companhia. "A tripulação de vôos internacionais precisa ser maior. A Varig faz mais vôos internacionais que as outras companhias."
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