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01/12/2005
-
09h40
FABRICIO VIEIRA
MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo
A queda registrada pelo PIB no terceiro trimestre pegou todo o mercado de surpresa. Ninguém esperava que o recuo fosse tão grande. Com a queda, economistas e analistas financeiros começaram a revisar para baixo suas previsões de crescimento econômico do Brasil para este ano.
Apesar de a maioria ainda estar revendo suas projeções, um crescimento de 2,5% em 2005 virou teto. Antes, segundo a última pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, a previsão média do mercado estava girando em torno de 3% de crescimento.
Sérgio Werlang, diretor-executivo do banco Itaú, diz que esperava queda de 0,4% do PIB no terceiro trimestre. Com o resultado pior que o esperado, Werlang reduziu a sua projeção de crescimento da economia em 2005 de 2,8% para 2,1%.
"O sinal que essa queda nos dá é o de que é hora de baixar as taxas de juros mais rapidamente. O cenário de crescimento ainda é positivo, mas a autoridade monetária [o Banco Central] precisa reduzir os juros de forma mais rápida", avalia o diretor do Itaú.
Para Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, o crescimento do PIB neste ano deve ficar entre 2% e 2,5%. "E, apesar de improvável, não é impossível que a economia cresça abaixo de 2%", afirma.
Luis Fernando Lopes, do Pátria Banco de Negócios, estava entre os mais otimistas e previa crescimento em torno de 3,5% para este ano. Com os novos números de ontem do PIB, projeta agora algo muito próximo de 2%.
O que os economistas não sabem quantificar ao certo é o peso do processo de elevação da taxa básica de juros da economia (Selic) nesse desaquecimento econômico. Mas são unânimes em afirmar que o fato de o país ter as maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo contribuiu para o mau desempenho divulgado ontem pelo IBGE.
"Estamos muito abaixo do potencial de crescimento do país. A economia mundial está crescendo forte neste ano. O dado divulgado assustou, e não acho que outubro será muito bom", diz o economista Roberto Padovani, da consultoria Tendências. O economista, que já tinha reduzido sua projeção de 3,2% para 2,8%, prevê agora que o crescimento ficará entre 2% e 2,5% em 2005.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PIB brasileiro
Mercado agora prevê PIB de no máximo 2,5%
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MARCELO BILLI
da Folha de S.Paulo
A queda registrada pelo PIB no terceiro trimestre pegou todo o mercado de surpresa. Ninguém esperava que o recuo fosse tão grande. Com a queda, economistas e analistas financeiros começaram a revisar para baixo suas previsões de crescimento econômico do Brasil para este ano.
Apesar de a maioria ainda estar revendo suas projeções, um crescimento de 2,5% em 2005 virou teto. Antes, segundo a última pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, a previsão média do mercado estava girando em torno de 3% de crescimento.
Sérgio Werlang, diretor-executivo do banco Itaú, diz que esperava queda de 0,4% do PIB no terceiro trimestre. Com o resultado pior que o esperado, Werlang reduziu a sua projeção de crescimento da economia em 2005 de 2,8% para 2,1%.
"O sinal que essa queda nos dá é o de que é hora de baixar as taxas de juros mais rapidamente. O cenário de crescimento ainda é positivo, mas a autoridade monetária [o Banco Central] precisa reduzir os juros de forma mais rápida", avalia o diretor do Itaú.
Para Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra, o crescimento do PIB neste ano deve ficar entre 2% e 2,5%. "E, apesar de improvável, não é impossível que a economia cresça abaixo de 2%", afirma.
Luis Fernando Lopes, do Pátria Banco de Negócios, estava entre os mais otimistas e previa crescimento em torno de 3,5% para este ano. Com os novos números de ontem do PIB, projeta agora algo muito próximo de 2%.
O que os economistas não sabem quantificar ao certo é o peso do processo de elevação da taxa básica de juros da economia (Selic) nesse desaquecimento econômico. Mas são unânimes em afirmar que o fato de o país ter as maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo contribuiu para o mau desempenho divulgado ontem pelo IBGE.
"Estamos muito abaixo do potencial de crescimento do país. A economia mundial está crescendo forte neste ano. O dado divulgado assustou, e não acho que outubro será muito bom", diz o economista Roberto Padovani, da consultoria Tendências. O economista, que já tinha reduzido sua projeção de 3,2% para 2,8%, prevê agora que o crescimento ficará entre 2% e 2,5% em 2005.
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