Publicidade
Publicidade
06/12/2005
-
19h02
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Os acionistas da Varig vão se reunir em assembléia em Porto Alegre (RS) na segunda-feira. Entre os assuntos que devem ser colocados em votação na assembléia está mudança no comando da companhia, que está em recuperação judicial, ocorrida no último dia 18 de novembro.
A Fundação Ruben Berta, que detém 87% do capital votante da Varig, determinou o afastamento de David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha da presidência do conselho e da companhia, respectivamente. Para seus lugares foram nomeados Humberto Rodrigues Filho e Marcelo Bottini.
A decisão da Fundação precisa ainda ser referendada pelos acionistas minoritários. O principal acionista minoritário é a Interunion Capitalização, com 7,6% das ações ordinárias da Varig. A Interunion pertence ao empresário Arthur Falk --o mesmo dos títulos de capitalização Papa-Tudo.
A reunião dos acionistas da Varig vai ocorrer um dia antes da assembléia de credores, marcada para terça-feira. Na assembléia, os credores vão avaliar o plano de recuperação da aérea. Se o plano for rejeitado pelos credores, a Justiça pode decretar a falência da companhia aérea.
A juíza Márcia Cunha, da 8ª Vara Empresarial do Rio, disse que se não houver acordo na assembléia de terça-feira, os credores poderão voltar a se reunir no dia 19. "A lei permite a realização de uma segunda assembléia no espaço de cinco dias."
Após a troca no comando, a Varig optou por reduzir o contato com a mídia. Os novos administradores avaliaram que a divulgação de informações sobre o plano poderia atrapalhar a aprovação do plano. Entre as medidas adotadas nas últimas semanas pela administração da aérea foi a intensificação de encontros com os credores.
No entanto, executivos que acompanham o processo disseram que as modificações que a nova gestão da Varig fará no plano original de recuperação serão mínimas. Entre as possibilidades analisadas está a antiga proposta de converter os créditos em ações da companhia aérea --proposta rejeitada pela maioria dos credores.
Além disso, os novos administradores passaram a buscar novos investidores para a segunda etapa do processo de recuperação, que envolve a venda de ações da própria Varig. Na primeira fase foram vendidas a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) para a Aero-LB --sociedade liderada pela TAP. Entre os interessados em investir na Varig estaria o grupo argentino Don Teo Emanuel, que já se instalou como transportadora no Brasil.
Aerus
O presidente do Aerus, Odilon Junqueira, contratou um novo escritório de advocacia para defender os interesses do fundo de pensão na recuperação da Varig. O contratado é o escritório Lobo e Ibeas, que substituiu Sérgio Tostes.
A troca ocorreu após a Fundação convidar Tostes para assumir a presidência do conselho administrativo da Varig, no lugar de Rodrigues Filho. Com isso, a Fundação queria sinalizar que os credores, como o Aerus, passariam a participar do comando da companhia aérea. O Aerus foi contra a mudança, pois os credores das classe 3 (estatais) também rejeitaram a nomeação de Tostes.
Especial
Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
Acionistas da Varig vão se reunir antes da assembléia de credores
Publicidade
da Folha Online
Os acionistas da Varig vão se reunir em assembléia em Porto Alegre (RS) na segunda-feira. Entre os assuntos que devem ser colocados em votação na assembléia está mudança no comando da companhia, que está em recuperação judicial, ocorrida no último dia 18 de novembro.
A Fundação Ruben Berta, que detém 87% do capital votante da Varig, determinou o afastamento de David Zylbersztajn e Omar Carneiro da Cunha da presidência do conselho e da companhia, respectivamente. Para seus lugares foram nomeados Humberto Rodrigues Filho e Marcelo Bottini.
A decisão da Fundação precisa ainda ser referendada pelos acionistas minoritários. O principal acionista minoritário é a Interunion Capitalização, com 7,6% das ações ordinárias da Varig. A Interunion pertence ao empresário Arthur Falk --o mesmo dos títulos de capitalização Papa-Tudo.
A reunião dos acionistas da Varig vai ocorrer um dia antes da assembléia de credores, marcada para terça-feira. Na assembléia, os credores vão avaliar o plano de recuperação da aérea. Se o plano for rejeitado pelos credores, a Justiça pode decretar a falência da companhia aérea.
A juíza Márcia Cunha, da 8ª Vara Empresarial do Rio, disse que se não houver acordo na assembléia de terça-feira, os credores poderão voltar a se reunir no dia 19. "A lei permite a realização de uma segunda assembléia no espaço de cinco dias."
Após a troca no comando, a Varig optou por reduzir o contato com a mídia. Os novos administradores avaliaram que a divulgação de informações sobre o plano poderia atrapalhar a aprovação do plano. Entre as medidas adotadas nas últimas semanas pela administração da aérea foi a intensificação de encontros com os credores.
No entanto, executivos que acompanham o processo disseram que as modificações que a nova gestão da Varig fará no plano original de recuperação serão mínimas. Entre as possibilidades analisadas está a antiga proposta de converter os créditos em ações da companhia aérea --proposta rejeitada pela maioria dos credores.
Além disso, os novos administradores passaram a buscar novos investidores para a segunda etapa do processo de recuperação, que envolve a venda de ações da própria Varig. Na primeira fase foram vendidas a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção) para a Aero-LB --sociedade liderada pela TAP. Entre os interessados em investir na Varig estaria o grupo argentino Don Teo Emanuel, que já se instalou como transportadora no Brasil.
Aerus
O presidente do Aerus, Odilon Junqueira, contratou um novo escritório de advocacia para defender os interesses do fundo de pensão na recuperação da Varig. O contratado é o escritório Lobo e Ibeas, que substituiu Sérgio Tostes.
A troca ocorreu após a Fundação convidar Tostes para assumir a presidência do conselho administrativo da Varig, no lugar de Rodrigues Filho. Com isso, a Fundação queria sinalizar que os credores, como o Aerus, passariam a participar do comando da companhia aérea. O Aerus foi contra a mudança, pois os credores das classe 3 (estatais) também rejeitaram a nomeação de Tostes.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice