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08/12/2005
-
14h20
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A construtora americana de casas de alto padrão Toll Brothers anunciou nesta quinta-feira um crescimento de 72% em seu lucro entre agosto e outubro, mas informou que o próximo ano fiscal da empresa deve ficar abaixo das expectativas dos investidores devido à desaceleração no setor imobiliário.
A empresa também informou que o cenário para 2007 é incerto. "O mercado imobiliário não está tão robusto hoje quanto esteve durante 2004 e no verão [inverno no Brasil] deste ano", disse o presidente e executivo-chefe da empresa, Robert Toll.
O lucro da empresa no trimestre encerrado em 31 de outubro foi de US$ 310,3 milhões (US$ 1,84 por ação), contra US$ 180,6 milhões (US$ 1,11 por ação) no mesmo período de 2004. A receita da Toll cresceu 40%, para US$ 2,02 bilhões, contra US$ 1,45 bilhão no mesmo período do ano passado.
O diretor-financeiro da Toll, Joel Rassman, disse que há incerteza no mercado hoje e não há como garantir que o crescimento de 20% que a construtora espera para 2007 venha a se realizar.
Os sinais de desaceleração vêm sendo apontados por empresas do setor de construção de casas. Ontem, a Hovnanian Enterprises anunciou um crescimento de lucros como resultado das vendas positivas, mas acrescentou que diversos dos mercados onde atua, como a Califórnia, Washington DC e a região nordeste americana, "estão voltando a um nível mais normalizado de atividade com respeito tanto ao ritmo de vendas como às altas de preços".
O mercado imobiliário tem apresentado sinais de que pode estar perdendo fôlego. A especulação imobiliária tem feito os preços desacelerarem em relação à intensa atividade observada nos últimos cinco anos.
Ontem, o instituto Anderson Forecast, da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) anunciou uma previsão de declínio para o mercado imobiliário dos EUA em 2006. A queda deve durar alguns anos, o que pode causar uma perda de cerca de 500 mil empregos no setor de construção civil e 300 mil no setor financeiro.
Dados conflitantes
Os últimos números divulgados sobre o setor imobiliário nos EUA evidenciam a incerteza vivida hoje no setor. No último dia 29, no entanto, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas de casas novas no país cresceram 13% em outubro. Um dia antes, no entanto, a Associação Nacional de Corretores Imobiliários dos EUA informou que houve uma queda de 2,7% nas vendas de imóveis usados no país.
A perda de força no setor se deve aos aumentos nas hipotecas, causados pelos aumentos dos juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que vem elevando sua taxa desde junho do ano passado. Hoje a taxa de juros do banco está em 4% ao ano (em junho de 2004, estava em 1% ao ano).
O Fed vem elevando os juros para conter a inflação no país. Com o estímulo fornecido pelas hipotecas baixas, o setor imobiliário registrou forte crescimento e, se entrar em trajetória descendente, os investidores podem decidir se desfazer dos imóveis, inundando o mercado, derrubando preços e provocando uma crise.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o mercado imobiliário dos EUA
Construtora tem alta em lucro mas aponta queda em setor imobiliário nos EUA
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da Folha Online
A construtora americana de casas de alto padrão Toll Brothers anunciou nesta quinta-feira um crescimento de 72% em seu lucro entre agosto e outubro, mas informou que o próximo ano fiscal da empresa deve ficar abaixo das expectativas dos investidores devido à desaceleração no setor imobiliário.
A empresa também informou que o cenário para 2007 é incerto. "O mercado imobiliário não está tão robusto hoje quanto esteve durante 2004 e no verão [inverno no Brasil] deste ano", disse o presidente e executivo-chefe da empresa, Robert Toll.
O lucro da empresa no trimestre encerrado em 31 de outubro foi de US$ 310,3 milhões (US$ 1,84 por ação), contra US$ 180,6 milhões (US$ 1,11 por ação) no mesmo período de 2004. A receita da Toll cresceu 40%, para US$ 2,02 bilhões, contra US$ 1,45 bilhão no mesmo período do ano passado.
O diretor-financeiro da Toll, Joel Rassman, disse que há incerteza no mercado hoje e não há como garantir que o crescimento de 20% que a construtora espera para 2007 venha a se realizar.
Os sinais de desaceleração vêm sendo apontados por empresas do setor de construção de casas. Ontem, a Hovnanian Enterprises anunciou um crescimento de lucros como resultado das vendas positivas, mas acrescentou que diversos dos mercados onde atua, como a Califórnia, Washington DC e a região nordeste americana, "estão voltando a um nível mais normalizado de atividade com respeito tanto ao ritmo de vendas como às altas de preços".
O mercado imobiliário tem apresentado sinais de que pode estar perdendo fôlego. A especulação imobiliária tem feito os preços desacelerarem em relação à intensa atividade observada nos últimos cinco anos.
Ontem, o instituto Anderson Forecast, da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) anunciou uma previsão de declínio para o mercado imobiliário dos EUA em 2006. A queda deve durar alguns anos, o que pode causar uma perda de cerca de 500 mil empregos no setor de construção civil e 300 mil no setor financeiro.
Dados conflitantes
Os últimos números divulgados sobre o setor imobiliário nos EUA evidenciam a incerteza vivida hoje no setor. No último dia 29, no entanto, o Departamento do Comércio dos EUA informou que as vendas de casas novas no país cresceram 13% em outubro. Um dia antes, no entanto, a Associação Nacional de Corretores Imobiliários dos EUA informou que houve uma queda de 2,7% nas vendas de imóveis usados no país.
A perda de força no setor se deve aos aumentos nas hipotecas, causados pelos aumentos dos juros do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que vem elevando sua taxa desde junho do ano passado. Hoje a taxa de juros do banco está em 4% ao ano (em junho de 2004, estava em 1% ao ano).
O Fed vem elevando os juros para conter a inflação no país. Com o estímulo fornecido pelas hipotecas baixas, o setor imobiliário registrou forte crescimento e, se entrar em trajetória descendente, os investidores podem decidir se desfazer dos imóveis, inundando o mercado, derrubando preços e provocando uma crise.
Com agências internacionais
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