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11/12/2005 - 09h40

Fundos dizem desconhecer as comissões

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da Folha de S.Paulo

Leia o que dizem Edemar Cid Ferreira e os fundos de pensão citados nos documentos apreendidos na casa do banqueiro:

EDEMAR CID FERREIRA - O advogado do banqueiro, Ricardo Tepedino, diz desconhecer pagamento de propina feito por doleiros. O que havia, diz ele, eram prêmios para diretores e executivos do banco que captavam investimentos. Os prêmios eram pagos por duas empresas do grupo.

REAL GRANDEZA - Sérgio Wilson Ferraz Fontes, presidente do fundo há três meses, diz que uma auditoria contratada para apurar as razões da perda de R$ 151 milhões no Banco Santos concluiu que não houve fraude, mas que os limites estabelecidos para os investimentos não foram cumpridos. Fontes diz que não sabia do pagamento de comissão. "Vamos processar quem levou a propina, se ela ficar provada", afirma. "Isso não tem nada a ver com a nova diretoria." As irregularidades no fundo eram tantas que a Secretaria de Previdência Complementar puniu o diretor de investimentos, Jorge Luiz Monteiro de Freitas, e o gerente de análise de investimentos, Benito Siciliano, com a pena máxima: não podem ocupar cargos em entidade de previdência por dez anos.

POSTALIS - José Teixeira, presidente do fundo, confirmou que a operação citada, a data e os valores nos papéis apreendidos são verdadeiros. "Acho que o documento é verdadeiro porque tudo que ele cita existiu", afirma. Segundo ele, os controladores do banco precisam explicar para quem eles pagavam comissão.

CENTRUS - "A diretoria esclarece que não utiliza corretoras nas operações de compra de CDBs e que desconhece a prática de pagamento de comissão por corretagem nesses papéis", diz nota.

FAPES - Sonia Fonseca, diretora de investimento do fundo, diz que as debêntures da Procid foram compradas diretamente do Banco Santos, não por intermédio de corretora. Segundo ela, todos os investimentos são determinados por um comitê, o que reduz a possibilidade de eventuais pagamentos de comissão. Por isso, diz ela, o documento apreendido "não faz o menor sentido".

EDGARD LUIZ PINAUD FILHO - Diretor da corretora Dimarco, cujo endereço é citado em documento apreendido que menciona a Fapes, afirma em nota: "Não houve recebimento de nenhum valor a título de comissão ou outro serviço relativo a essa operação ou qualquer outra com o referido banco, uma vez que a Dimarco DTVM S.A. não tem e nunca teve nenhuma relação com o Banco Santos e qualquer empresa ou pessoa ligadas ao grupo".

FACEB - Nota enviada por Kleber Rocir Resende, analista da Faceb diz: "As fundações são instituições controladas, fiscalizadas e acompanhadas sistematicamente em nosso país por diversos órgãos governamentais --estando a atuação dos fundos no mercado financeiro inseridas neste contexto. Esta atuação segue todas as determinações de uma legislação rigorosa e, como não poderia ser diferente, desde sua criação, a Faceb tem obedecido a todas as exigências legais que lhe são atribuídas, e sempre com a transparência que norteia o sistema dos fundos de pensão. A respeito de suas ilações, a fundação desconhece a prática apontada sobre recompensas efetuadas por quaisquer instituições financeiras".

PRECE - Em nota, diz que o fundo "desconhece e repudia qualquer tipo de remuneração, que não as usuais e legais práticas no mercado". Sobre as debêntures citadas em documento, diz: "Foram compradas por um fundo exclusivo, do qual a Prece é cotista e não tem responsabilidade sobre a sua gestão". A Prece não teve prejuízo com a operação porque vendeu as debêntures no mercado secundário em março deste ano.

FIPECQ - Por meio de nota, o fundo informou que desconhece a prática de pagar comissões. Sobre a perda de R$ 19,4 milhões no Banco Santos, diz: "Não obstante o vulto do valor da provisão para perda, a gestão financeira dos recursos garantidores das reservas da Fipecq, ao longo de 2004, proporcionou ganhos de magnitude suficiente para permitir a absorção dessa provisão e, ainda assim, encerrar o ano com rentabilidade de 15,10%, ante expectativa atuarial, para o período, de 12,04%".

NUCLEOS - Marcos Elias, presidente do fundo oficializado há três meses, conta que as investigações feitas pela KPMG não chegaram a nenhum indício de que havia pagamento de propina aos antigos diretores. O que foi comprovado, segundo ele, foi a compra de títulos públicos acima do preço do mercado. A diretoria anterior, segundo a Secretaria de Previdência Complementar, foi autuada cinco vezes por irregularidades.

BANESES - Nota da diretoria diz: "A operação efetuada com o Banco Santos, conforme nota de negociação constante em nosso registro contábil, está rigorosamente dentro dos padrões da política de investimento da entidade, aprovada pelo conselho deliberativo [...] Sendo assim, desconhecemos quaisquer outros dados sobre a referida operação".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Banco Santos
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