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13/12/2005
-
15h37
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O Brasil deixa de arrecadar R$ 12,8 bilhões por ano em impostos por conta da pirataria de apenas três setores: roupas, tênis e brinquedos. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa sobre os hábitos de consumo ligados ao mercado informal realizada pelo Ibope.
O valor referente ao que o país deixa de arrecadar por ano seria suficiente para cobrir 26% do déficit da Previdência Social. Uma simulação do impacto do mercado informal de brinquedos, roupas e tênis mostra que os três setores analisados na pesquisa movimentam cerca de R$ 32 bilhões por ano.
A pesquisa foi encomendada pela Câmara de Comércio dos EUA, pelo Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos, em parceria com o Instituto Dannemann Siemsen e Mattel do Brasil.
De acordo com o estudo, a compra de produtos piratas é consciente e intencional. A percepção dos consumidores é de que os produtos piratas custam metade ou menos da metade do preço da indústria. O consumo cresce nas faixas etárias mais jovens e todas as classes econômicas recorrem a produtos do mercado informal.
Segundo o estudo, 24% dos brasileiros já compraram brinquedos falsificados nos últimos 12 meses. O percentual dos que já compraram roupas piratas chega a 29% e de consumidores que já compraram tênis pirata, a 16%.
A metodologia da pesquisa incluiu a realização de 602 entrevistas, com pessoas de 16 anos ou mais no município do Rio de Janeiro em novembro deste ano. O setor de brinquedos foi pesquisado em âmbito nacional por meio de 202 entrevistas em 143 municípios do país.
De acordo com o Ibope, a similaridade de resultados obtidos no Rio de Janeiro e em São Paulo (divulgados em abril) em termos de preço é um indicador da estruturação e organização do crime existente por trás desse mercado.
A pesquisa constatou que já existe um hábito declarado de compra de produtos piratas. Somente dois em cada dez entrevistados disseram nunca ter comprado produtos piratas. E cinco pessoas em cada dez costumam comprar sempre ou às vezes produtos de comerciantes ambulantes e lojas do comércio informal.
Os produtos mais procurados no mercado informal são: brinquedos, tênis, roupas, relógios, jogos eletrônicos, óculos, CDs, DVDs e bijouterias ou acessórios para o cabelo.
A grande maioria dos entrevistados concorda que a pirataria contribui para a sonegação, porém justifica o hábito da compra com o argumento de que as marcas famosas têm lucros muito grandes com preços altos e não são prejudicadas seriamente pelo consumo de falsificações ou que a produção e o comércio de falsificados geram empregos nos países pobres, enquanto as marcas famosas só empregam nos países ricos.
A pesquisa mostra que 55% dos entrevistados sabiam diferenciar a cópia do produto original. Em São Paulo, este percentual sobe para 70%. Na avaliação do consumidor, o produto pirata custa metade ou menos da metade do valor do original.
Somente no Rio de Janeiro, o valor gasto somando-se roupas, brinquedos, tênis, relógios, óculos, bolsas, canetas, perfumes, jogos eletrônicos e artigos de papelaria chega a R$ 235 milhões. O impacto na indústria do Rio, segundo a pesquisa, é da ordem de R$ 470 milhões.
Brasil deixa de arrecadar R$ 12,8 bilhões com pirataria, diz Ibope
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da Folha Online, no Rio
O Brasil deixa de arrecadar R$ 12,8 bilhões por ano em impostos por conta da pirataria de apenas três setores: roupas, tênis e brinquedos. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa sobre os hábitos de consumo ligados ao mercado informal realizada pelo Ibope.
O valor referente ao que o país deixa de arrecadar por ano seria suficiente para cobrir 26% do déficit da Previdência Social. Uma simulação do impacto do mercado informal de brinquedos, roupas e tênis mostra que os três setores analisados na pesquisa movimentam cerca de R$ 32 bilhões por ano.
A pesquisa foi encomendada pela Câmara de Comércio dos EUA, pelo Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos, em parceria com o Instituto Dannemann Siemsen e Mattel do Brasil.
De acordo com o estudo, a compra de produtos piratas é consciente e intencional. A percepção dos consumidores é de que os produtos piratas custam metade ou menos da metade do preço da indústria. O consumo cresce nas faixas etárias mais jovens e todas as classes econômicas recorrem a produtos do mercado informal.
Segundo o estudo, 24% dos brasileiros já compraram brinquedos falsificados nos últimos 12 meses. O percentual dos que já compraram roupas piratas chega a 29% e de consumidores que já compraram tênis pirata, a 16%.
A metodologia da pesquisa incluiu a realização de 602 entrevistas, com pessoas de 16 anos ou mais no município do Rio de Janeiro em novembro deste ano. O setor de brinquedos foi pesquisado em âmbito nacional por meio de 202 entrevistas em 143 municípios do país.
De acordo com o Ibope, a similaridade de resultados obtidos no Rio de Janeiro e em São Paulo (divulgados em abril) em termos de preço é um indicador da estruturação e organização do crime existente por trás desse mercado.
A pesquisa constatou que já existe um hábito declarado de compra de produtos piratas. Somente dois em cada dez entrevistados disseram nunca ter comprado produtos piratas. E cinco pessoas em cada dez costumam comprar sempre ou às vezes produtos de comerciantes ambulantes e lojas do comércio informal.
Os produtos mais procurados no mercado informal são: brinquedos, tênis, roupas, relógios, jogos eletrônicos, óculos, CDs, DVDs e bijouterias ou acessórios para o cabelo.
A grande maioria dos entrevistados concorda que a pirataria contribui para a sonegação, porém justifica o hábito da compra com o argumento de que as marcas famosas têm lucros muito grandes com preços altos e não são prejudicadas seriamente pelo consumo de falsificações ou que a produção e o comércio de falsificados geram empregos nos países pobres, enquanto as marcas famosas só empregam nos países ricos.
A pesquisa mostra que 55% dos entrevistados sabiam diferenciar a cópia do produto original. Em São Paulo, este percentual sobe para 70%. Na avaliação do consumidor, o produto pirata custa metade ou menos da metade do valor do original.
Somente no Rio de Janeiro, o valor gasto somando-se roupas, brinquedos, tênis, relógios, óculos, bolsas, canetas, perfumes, jogos eletrônicos e artigos de papelaria chega a R$ 235 milhões. O impacto na indústria do Rio, segundo a pesquisa, é da ordem de R$ 470 milhões.
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