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13/12/2005
-
16h12
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) afirmou hoje que o pagamento antecipado de US$ 15,5 bilhões em dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) possibilitará ao país economizar US$ 900 milhões em juros.
Segundo ele, a decisão do governo brasileiro de antecipar o pagamento só foi possível devido ao crescimento das reservas internacionais.
O dinheiro emprestado do FMI fica nas reservas internacionais do Banco Central e não pode ser usado para investimentos sociais ou em infra-estrutura, por exemplo. Os recursos servem apenas para engordar o colchão de liquidez do governo em caso de uma crise de confiança no mercado, mas o país paga juros ao FMI mesmo que o dinheiro não seja usado.
Após se encontrar com executivos da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Palocci atribuiu a possibilidade do pagamento às reservas internacionais e negou que será necessário um eventual aperto fiscal para sua realização.
Segundo o ministro, as condições para adiantar o pagamento da dívida com o FMI foram alcançadas graças ao "crescimento das reservas e comportamento das contas externas". "Nosso saldo comercial é muito forte, tem crescido, então podemos tomar essa atitude."
O ministro afirmou ainda que essa medida criará condições favoráveis ao crescimento do país. "Vamos continuar melhorando o ambiente econômico do país e garantir condições mais fortes para o crescimento."
Reservas
Neste ano, as reservas internacionais brutas (que incluem o dinheiro de empréstimos do FMI) do Banco Central já cresceram US$ 14,338 bilhões, passando de US$ 52,724 bilhões no dia 3 de janeiro para US$ 67,062 bilhões ontem.
Para fortalecer as reservas, o BC tem comprado dólares no mercado. Até outubro, foram adquiridos US$ 13,6 bilhões em um momento em que a cotação da moeda norte-americana está bastante baixa quando comparada a patamares históricos. O dólar é negociado por cerca de R$ 2,26 hoje, após ter batido em R$ 4 durante a campanha eleitoral de 2002.
Além de aproveitar o momento favorável para a compra de dólares, o BC reserva dinheiro para garantir o pagamento da dívida externa em momentos de crise de liquidez. Os dólares sinalizam ao mercado que o país não terá problemas para honrar seus compromissos.
O governo brasileiro também não tem encontrado dificuldade para captar dólares no exterior para pagar a dívida externa mesmo sem contar mais com um acordo com o FMI.
Em sua última captação, o Tesouro vendeu US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2034 e pagou juros de 8,311% ao ano. Em operação semelhante realizada em maio a taxa de retorno aos investidores havia sido de 8,814% ao ano.
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Erramos: Palocci vê economia de US$ 900 mi com pagamento ao FMI
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Palocci vê economia de US$ 900 mi com pagamento ao FMI
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da Folha Online
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) afirmou hoje que o pagamento antecipado de US$ 15,5 bilhões em dívida com o FMI (Fundo Monetário Internacional) possibilitará ao país economizar US$ 900 milhões em juros.
Segundo ele, a decisão do governo brasileiro de antecipar o pagamento só foi possível devido ao crescimento das reservas internacionais.
O dinheiro emprestado do FMI fica nas reservas internacionais do Banco Central e não pode ser usado para investimentos sociais ou em infra-estrutura, por exemplo. Os recursos servem apenas para engordar o colchão de liquidez do governo em caso de uma crise de confiança no mercado, mas o país paga juros ao FMI mesmo que o dinheiro não seja usado.
Após se encontrar com executivos da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Palocci atribuiu a possibilidade do pagamento às reservas internacionais e negou que será necessário um eventual aperto fiscal para sua realização.
Segundo o ministro, as condições para adiantar o pagamento da dívida com o FMI foram alcançadas graças ao "crescimento das reservas e comportamento das contas externas". "Nosso saldo comercial é muito forte, tem crescido, então podemos tomar essa atitude."
O ministro afirmou ainda que essa medida criará condições favoráveis ao crescimento do país. "Vamos continuar melhorando o ambiente econômico do país e garantir condições mais fortes para o crescimento."
Reservas
Neste ano, as reservas internacionais brutas (que incluem o dinheiro de empréstimos do FMI) do Banco Central já cresceram US$ 14,338 bilhões, passando de US$ 52,724 bilhões no dia 3 de janeiro para US$ 67,062 bilhões ontem.
Para fortalecer as reservas, o BC tem comprado dólares no mercado. Até outubro, foram adquiridos US$ 13,6 bilhões em um momento em que a cotação da moeda norte-americana está bastante baixa quando comparada a patamares históricos. O dólar é negociado por cerca de R$ 2,26 hoje, após ter batido em R$ 4 durante a campanha eleitoral de 2002.
Além de aproveitar o momento favorável para a compra de dólares, o BC reserva dinheiro para garantir o pagamento da dívida externa em momentos de crise de liquidez. Os dólares sinalizam ao mercado que o país não terá problemas para honrar seus compromissos.
O governo brasileiro também não tem encontrado dificuldade para captar dólares no exterior para pagar a dívida externa mesmo sem contar mais com um acordo com o FMI.
Em sua última captação, o Tesouro vendeu US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2034 e pagou juros de 8,311% ao ano. Em operação semelhante realizada em maio a taxa de retorno aos investidores havia sido de 8,814% ao ano.
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