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19/12/2005
-
15h19
JANAINA LAGE
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A assembléia de credores da Varig foi reiniciada por volta das 15h desta segunda-feira pela Deloitte, administradora judicial da companhia. O representante da Deloitte, Rogério Lessa, disse que todos os obstáculos para a realização da assembléia "foram removidos".
Entre os obstáculos estava uma liminar concedida no final de semana pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Edson Vidigal, suspendendo a assembléia de hoje. No entanto, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, recorreu ao STJ alegando que o pedido de suspender a assembléia foi feito pelo advogado Sérgio Mazzillo, que não é representante legal da companhia aérea.
Mazzillo é ligado ao Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, que na semana passada tentou comprar o controle da Varig da Fundação Ruben Berta --que detém 87% do capital votante da aérea-- por US$ 112 milhões. O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu a operação e submeteu a venda à aprovação dos credores.
O primeiro assunto da pauta é a venda do controle da Varig para o Grupo Docas, de Tanure. Em seguida, os credores analisarão o plano de recuperação.
Além disso, a estatal aérea portuguesa TAP terá de informar hoje se cobrirá ou não as ofertas de compra feitas por Docas e Matlin Patterson para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção).
Os trabalhadores compareceram com 89,7% dos créditos, o fundo de pensão Aerus e os credores com garantias, com 100% dos créditos. A classe 3, de credores sem garantias, compareceu com 72,2% dos créditos.
Disputa
Na semana passada, a Fundação tentou comprar o controle da Varig por US$ 112 milhões. A transação foi suspensa até a assembléia de hoje, pois os juízes entenderam que a venda precisava do aval dos credores. Para escapar da assembléia, a holding FRB-Par pediu a desistência do processo de recuperação.
No entanto, os juízes do Rio consideraram o pedido 'ilegítimo' e ainda decidiram afastar a Fundação do controle da Varig.
Desde quinta-feira passada se arrasta nos Tribunais uma disputa envolvendo o controle da Varig, a proposta de Tanure e a assembléia de hoje. De um lado estão a Fundação e Tanure, que querem suspender a assembléia e fazer com que os credores aprovem a desistência do processo de recuperação. Com isso, o controle da Varig poderia ser vendido para Tanure sem o aval de credores.
Do outro lado estão Bottini, a TGV e o Aerus, que são contrários à proposta feita por Tanure para comprar o controle da Varig e colocar em votação na assembléia uma proposta de recuperação para a companhia.
Numa outra frente, os credores da classe 3 --Infraero, Banco do Brasil e BR Distribuidora-- querem rejeitar a proposta de venda de Tanure e de Bottini e apresentar um "plano B" para a Varig.
Especial
Leia mais sobre a recuperação judicial da Varig
Em meio à disputa judicial, Varig reinicia assembléia de credores
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FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A assembléia de credores da Varig foi reiniciada por volta das 15h desta segunda-feira pela Deloitte, administradora judicial da companhia. O representante da Deloitte, Rogério Lessa, disse que todos os obstáculos para a realização da assembléia "foram removidos".
Entre os obstáculos estava uma liminar concedida no final de semana pelo presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Edson Vidigal, suspendendo a assembléia de hoje. No entanto, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, recorreu ao STJ alegando que o pedido de suspender a assembléia foi feito pelo advogado Sérgio Mazzillo, que não é representante legal da companhia aérea.
Mazzillo é ligado ao Grupo Docas, do empresário Nelson Tanure, que na semana passada tentou comprar o controle da Varig da Fundação Ruben Berta --que detém 87% do capital votante da aérea-- por US$ 112 milhões. O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu a operação e submeteu a venda à aprovação dos credores.
O primeiro assunto da pauta é a venda do controle da Varig para o Grupo Docas, de Tanure. Em seguida, os credores analisarão o plano de recuperação.
Além disso, a estatal aérea portuguesa TAP terá de informar hoje se cobrirá ou não as ofertas de compra feitas por Docas e Matlin Patterson para comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção).
Os trabalhadores compareceram com 89,7% dos créditos, o fundo de pensão Aerus e os credores com garantias, com 100% dos créditos. A classe 3, de credores sem garantias, compareceu com 72,2% dos créditos.
Disputa
Na semana passada, a Fundação tentou comprar o controle da Varig por US$ 112 milhões. A transação foi suspensa até a assembléia de hoje, pois os juízes entenderam que a venda precisava do aval dos credores. Para escapar da assembléia, a holding FRB-Par pediu a desistência do processo de recuperação.
No entanto, os juízes do Rio consideraram o pedido 'ilegítimo' e ainda decidiram afastar a Fundação do controle da Varig.
Desde quinta-feira passada se arrasta nos Tribunais uma disputa envolvendo o controle da Varig, a proposta de Tanure e a assembléia de hoje. De um lado estão a Fundação e Tanure, que querem suspender a assembléia e fazer com que os credores aprovem a desistência do processo de recuperação. Com isso, o controle da Varig poderia ser vendido para Tanure sem o aval de credores.
Do outro lado estão Bottini, a TGV e o Aerus, que são contrários à proposta feita por Tanure para comprar o controle da Varig e colocar em votação na assembléia uma proposta de recuperação para a companhia.
Numa outra frente, os credores da classe 3 --Infraero, Banco do Brasil e BR Distribuidora-- querem rejeitar a proposta de venda de Tanure e de Bottini e apresentar um "plano B" para a Varig.
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