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30/12/2005
-
09h40
LUCIANA BRAFMAN
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fechou o ano com um desembolso de R$ 47 bilhões. O valor corresponde a aproximadamente 80% dos R$ 60 bilhões orçados para o ano.
De acordo com o presidente do banco, Guido Mantega, o desempenho abaixo do esperado se deu por causa da baixa demanda do setor elétrico, da crise no setor agrícola e da desvalorização cambial. Além disso, ele afirmou que o nível elevado da taxa Selic durante o ano afetou o crescimento da economia e os investimentos.
Mantega também afirmou que a meta de R$ 60 bilhões foi uma "herança" da gestão anterior do banco --presidido até o ano passado por Carlos Lessa-- e que era "uma meta ambiciosa".
Os R$ 47 bilhões não são definitivos, porque foram contabilizados só os empréstimos feitos até o dia 28 deste mês, mas, segundo Mantega, o número final não deve ultrapassar muito essa cifra.
O setor elétrico, segundo o BNDES, conseguiu se recuperar em 2005 e deixou de captar de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, que estavam disponíveis no banco. O mesmo valor deixou de ser financiado para o setor agrícola, que teve problemas por causa das condições climáticas desfavoráveis.
Além desses montantes, a valorização do real reduziu o valor na moeda brasileira do que foi emprestado para financiar as exportações. Foram destinados US$ 5,8 bilhões neste ano para o comércio exterior. Ainda que acima dos US$ 3,9 bilhões do ano passado, o valor, quando convertido para reais, não se mostrou favorável, por causa da taxa de câmbio.
"É melhor sobrar recursos do que faltar financiamento para projetos. Não houve necessidade do crédito todo do BNDES", afirmou Mantega. Para 2006, o orçamento previsto do banco é de R$ 60 bilhões.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o BNDES
Empréstimo do BNDES atinge 80% da meta
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fechou o ano com um desembolso de R$ 47 bilhões. O valor corresponde a aproximadamente 80% dos R$ 60 bilhões orçados para o ano.
De acordo com o presidente do banco, Guido Mantega, o desempenho abaixo do esperado se deu por causa da baixa demanda do setor elétrico, da crise no setor agrícola e da desvalorização cambial. Além disso, ele afirmou que o nível elevado da taxa Selic durante o ano afetou o crescimento da economia e os investimentos.
Mantega também afirmou que a meta de R$ 60 bilhões foi uma "herança" da gestão anterior do banco --presidido até o ano passado por Carlos Lessa-- e que era "uma meta ambiciosa".
Os R$ 47 bilhões não são definitivos, porque foram contabilizados só os empréstimos feitos até o dia 28 deste mês, mas, segundo Mantega, o número final não deve ultrapassar muito essa cifra.
O setor elétrico, segundo o BNDES, conseguiu se recuperar em 2005 e deixou de captar de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, que estavam disponíveis no banco. O mesmo valor deixou de ser financiado para o setor agrícola, que teve problemas por causa das condições climáticas desfavoráveis.
Além desses montantes, a valorização do real reduziu o valor na moeda brasileira do que foi emprestado para financiar as exportações. Foram destinados US$ 5,8 bilhões neste ano para o comércio exterior. Ainda que acima dos US$ 3,9 bilhões do ano passado, o valor, quando convertido para reais, não se mostrou favorável, por causa da taxa de câmbio.
"É melhor sobrar recursos do que faltar financiamento para projetos. Não houve necessidade do crédito todo do BNDES", afirmou Mantega. Para 2006, o orçamento previsto do banco é de R$ 60 bilhões.
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